A construção de uma segunda ponte sobre o rio Paraná, ligando Foz do Iguaçu (Oeste) à cidade paraguaia de Porto Presidente Franco, e a ampliação da malha ferroviária do Estado vão facilitar e reforçar as relações comerciais entre o Paraná e o país vizinho. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (24), em reunião no Palácio Iguaçu entre o governador em exercício Darci Piana e o cônsul-geral do Paraguai em Curitiba, Carlos Fleitas.
Em março deste ano, após encontro em Brasília com os presidentes Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benítez, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou que o Paraná fará a gestão da obra de ligação com o Paraguai, que vai tirar o trânsito pesado da Ponte da Amizade, construída há mais de 50 anos. “O início das obras deve ser anunciado nos próximos meses pelos dois presidentes”, afirmou Piana.
De acordo com o cônsul-geral Carlos Fleitas, um terço das empresas paraguaias são de origem paranaense. Além disso, 10 das 20 maiores companhias exportadoras do Estado comercializam seus produtos para o País. “Para o Paraguai é muito importante a construção da segunda ponte, que vai dar uma maior integração à zona Alto-Paraná/Paraguai e Paraguai/Brasil, um projeto histórico para os dois países”, afirmou.
Além do acesso rodoviário, o projeto de ampliação do modal ferroviário do Estado também vai facilitar o escoamento da produção paraguaia até o Porto de Paranaguá. “Temos boas perspectivas daqui para frente. As obras de infraestrutura que o Paraná planeja para os próximos anos não só fortalecem o Estado, como beneficiam as regiões próximas. As trocas comerciais entre o Brasil e o Paraguai serão ampliadas”, destacou o governador em exercício.
PROJETO – A segunda ponte será construída sobre o rio Paraná na região do bairro Porto Meira, em Foz do Iguaçu. No lado paraguaio, a obra vai alcançar o município de Presidente Franco, vizinho a Cidade de Leste, onde está a Ponte Internacional da Amizade. Com a obra, todo o transporte de cargas será feito pela nova passagem, e a atual vai atender somente turistas e passageiros.
Construída em 1965, a Ponte da Amizade é o principal corredor logístico entre Brasil e Paraguai e está sobrecarregada. Além das pessoas que circulam entre Foz e Cidade de Leste, ela também concentra o trânsito de caminhões.
A obra tem custo previsto de R$ 302,5 milhões (considerando estrutura e desapropriações), além de R$ 104 milhões para a construção de uma perimetral no lado brasileiro. O projeto será tocado pela Itaipu Binacional e, além da segunda ponte, também inclui a construção de uma ligação entre a Rodovia das Cataratas e a BR-277 pela Perimetral Leste, por onde trafegarão os veículos pesados que circulam entre Brasil e Argentina.
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Palácio das Araucárias poderá receber projeto húngaro para tratamento de esgoto
Uma solução tecnológica para tratamento de esgoto, desenvolvida pela empresa húngara Organica, pode ser implantada no Palácio das Araucárias, do Governo do Estado. O projeto da Bluehouse, uma estrutura modular inovadora no tratamento de resíduos de edifícios, foi apresentada nesta quarta-feira (24) ao governador em exercício Darci Piana pelo cônsul honorário da Hungria no Paraná, Marco Aurélio Schetino de Lima.
A ideia é desenvolver uma parceria entre os governos do Paraná e da Hungria, envolvendo também a empresa, que permita a instalação da estação no prédio que abriga a estrutura administrativa do Governo do Estado. “Vamos avaliar a proposta, que dialoga com o projeto do governo de buscar inovação em diversos setores. O Paraná está aberto a receber tecnologias que são benéficas para a nossa população”, afirmou Piana.
O cônsul da Hungria disse que um acordo de cooperação já foi assinado com o Governo do Estado para trazer a tecnologia para cá. O Paraná seria o primeiro estado brasileiro a contar com a Bluehouse, que tem o diferencial de se integrar à arquitetura e tratar resíduos em áreas urbanas sem emitir cheiro forte. “O projeto tem um impacto ambiental muito menor, é uma estação de tratamento de esgoto inodora e arquitetonicamente muito bonita”, explicou Lima.
“Nossa ideia é colocar uma estação no Palácio das Araucárias, que já conta com um local específico para isso. O local também contaria com uma escola de sustentabilidade voltada para receber pesquisadores e estudantes, com ações de educação ambiental”, disse. “Retomamos esse diálogo com o Governo do Estado para a troca de tecnologias e implementação do projeto. O Paraná é um estado aberto para a inovação e ações voltadas para o meio ambiente”, completou o cônsul.