Nova gestora do Fundo Paraná visa fortalecer colaboração entre instituições científicas e governo

Advogada e servidora de carreira do Estado, Erika Juliana Dmitruk foi professora da Universidade Estadual de Londrina desde 2011 e passou a atuar na Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em 2021.
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06/12/2024 - 18:20

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Assegurar a continuidade da aplicação eficaz dos recursos e fortalecer ainda mais colaboração entre as instituições de ensino superior, de pesquisa científica e tecnológica e governo são as linhas de gestão que serão adotadas pela nova coordenadora da Unidade Executiva do Fundo Paraná (UEF), a advogada Erika Juliana Dmitruk, servidora de carreira do Estado.

"Os recursos do Fundo Paraná, aliados à intensidade das atividades realizadas na área de ciência e tecnologia do Estado e liderança do Governo, são capazes de consolidar a posição do Estado como o mais inovador do Brasil e desenvolver uma economia com base no conhecimento", afirmou Erika, ao assumir a coordenação.

O ato de nomeação foi assinado quinta-feira (5) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. O Fundo Paraná foi instituído para atender uma diretriz prevista na Constituição Estadual, que estabelece uma parcela anual de 2% da receita tributária para o financiamento da pesquisa científica e tecnológica associada ao desenvolvimento econômico e social paranaense.

Professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desde 2011 e cedida para a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) em 2021, Erika Dmitruk estava atuando na assessoria técnica da Pasta, especificamente na articulação e implementação do Marco Legal e da Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná.

A experiência no setor público foi determinante para a designação da profissional, a fim de otimizar os processos e ampliar o alcance e impacto do Fundo Paraná, que é regulamentado pela Lei n.º 21.354/2023.

O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, reforça a importância do marco regulatório de ciência no Estado. “A professora Érika desenvolveu todo o processo de elaboração do marco regulatório de ciência e tecnologia do Paraná e liderou essas discussões no Estado, inclusive a construção da política de ciência e tecnologia”, afirma. “Aproveitamos essa experiência acumulada para conectar com o tema do fomento e do financiamento e esperamos que a atuação do Fundo Paraná permita uma maior conexão com os desafios estabelecidos na Política Estadual de Ciência e Tecnologia”.

A nova gestora assume a liderança da UEF para dar continuidade aos investimentos públicos estaduais na área da ciência, que registram expressiva expansão desde 2019. Em 2024, o orçamento alcançou a marca recorde de R$ 708,9 milhões. A dotação é considerada uma das maiores do Brasil para subsidiar ações e políticas públicas de ciência, posicionando o Paraná no topo dos estados que mais investem no avanço do conhecimento.

PRIORIDADES – A aplicação dos recursos acontece em áreas consideradas prioritárias pelo Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia: agricultura a agronegócios; biotecnologia e saúde; energias renováveis; cidades inteligentes; economia, educação e sociedade. Os projetos apoiados também devem contribuir para a transformação digital e o desenvolvimento sustentável, com a finalidade de promover soluções inovadoras que atendam às demandas dos segmentos estratégicos para o crescimento econômico e social do Estado.

Para dar vazão ao orçamento de maneira eficiente e permitir que os projetos avancem, o governo estadual reúne um grupo de instituições responsáveis por alocar recursos do Fundo Paraná, promovendo a integração entre as diferentes áreas na execução das políticas públicas. Além de financiar ações, projetos e programas estratégicos desenvolvidos pela Seti, parte do orçamento é destinado para a Fundação Araucária e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), ambos vinculados à pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

A Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) também fazem parte do grupo envolvido na aplicação do Fundo. O Ipardes e o IDR-PR são ligados, respectivamente, às secretarias do Planejamento (SEPL) e da Agricultura e do Abastecimento (Seab), com forte atuação na realização de estudos e análises que subsidiam a formulação de políticas públicas e estratégias para o Estado.

VALORIZAÇÃO – O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, enfatiza que a nomeação da servidora Erika Dmitruk reflete o crescente protagonismo das mulheres em posições de gestão e liderança no setor público. “A presença feminina em cargos estratégicos do governo estadual tem sido importante para promover práticas mais inclusivas. Na Seti, metade da equipe que atua na gestão é composta por mulheres, um exemplo claro de como a diversidade de gênero pode enriquecer as decisões com benefícios significativos para a administração pública mais diversa, justa e eficiente”, afirma.

NOVO DESAFIO – A nova gestora substitui o administrador Luiz Cézar Kawano, que assume um novo desafio na SEI, na área responsável pelo Fundo Paraná. Servidor de carreira do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), órgão que coleta e analisa dados meteorológicos, climatológicos e ambientais, o profissional estava cedido à Seti desde 2013, onde passou por diferentes funções. Ele vinha à frente da UEF desde 2013.

 

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