Nova edição do Cândido destaca a trajetória da escritora Cassandra Rios

Renegada pela crítica e pela Ditadura, a autora deixou um legado pioneiro na Literatura. Foi a primeira a publicar um romance nacional centrado em um casal de mulheres, sendo a única autora brasileira a viver exclusivamente de direitos autorais, entre outros feitos.
Publicação
15/07/2024 - 17:01
Editoria

A edição 152 do Jornal Cândido, do mês de julho, resgata o legado de Cassandra Rios, escritora de narrativas diretas, ousadas, livres, populares e eróticas, motivo pelo qual é conhecida como a autora mais censurada do Brasil. Mas fugindo de rótulos reducionistas, Cassandra foi pioneira em suas publicações, sendo a primeira a publicar um romance nacional centrado em um casal de mulheres, sendo a única autora brasileira a viver exclusivamente de direitos autorais, entre outros feitos. É essa trajetória que a repórter Marianna Camargo traz na reportagem especial. Na retranca, uma seleção de obras “proibidas”, publicadas pela escritora entre os anos 1940 e 1980.

Na seção de Entrevista, Juliana Sehn conversa com o artista e escritor Ronie Rodrigues, que por meio da técnica de apagamento, que ele vê como uma forma de palimpsesto, “destruiu” o livro "Harmada" (1993), de João Gilberto Noll, e criou uma nova obra, "João" (Telaranha, 2024). O jornalista Carlitos Marinho contribui em mais uma edição com a pensata “A poesia introspectiva de Kendrick Lamar em To Pimp a Butterfly”, explorando a habilidade do artista como letrista e sua capacidade de conciliar narrativas profundas com um ritmo dinâmico.

O Cândido também traz um conto de Myriam Scotti, que vai de Manaus (AM), terra da escritora, até uma Polônia dominada pela Rússia czarista no início do século XX. Para a série “Mulheres contra a Ditadura”, é apresentado um relato íntimo da poeta Marise Manoel, coletado durante sua participação na mesa “Poesia e Resistência”, no Festival da Palavra, evento cultural realizado em junho no centro de Curitiba.

O Especial Nicolau resgata o artigo “Que literatura é essa?”, de Anamaria Filizola, sobre os desafios da poesia africana na busca de uma identidade cultural própria dentro da língua portuguesa, publicado na 20ª edição do jornal, em fevereiro de 1989. Na editoria de fotografia, Luiz Baltar compartilha registros inéditos da zona norte carioca que mostram a luta por moradia e o direito à cidade. A arte da capa é de Aline Paes.

Serviço

Jornal Cândido nº 152

Julho de 2024

Publicação de literatura editada desde 2011

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