No Parque Tecnológico da Saúde, Margareth Dalcolmo reitera importância da vacinação

Ela participou de um evento realizado no Parque Tecnológico da Saúde, que reúne o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o Instituto Carlos Chagas – Fiocruz Paraná e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). A palestra foi em celebração aos 14 anos do Instituto Carlos Chagas – Fiocruz Paraná, que é comemorado em 4 de agosto.
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04/08/2023 - 12:00
Editoria

A médica Margareth Dalcolmo, uma das principais especialistas na área da saúde e referência no combate à Covid-19 no País, reforçou, nesta sexta-feira (4), durante palestra sobre os aprendizados que a pandemia deixou ao Brasil, a importância da vacinação.

Ela participou de um evento realizado no Parque Tecnológico da Saúde, que reúne o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o Instituto Carlos Chagas – Fiocruz Paraná e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). A palestra foi em celebração aos 14 anos do Instituto Carlos Chagas – Fiocruz Paraná, que é comemorado em 4 de agosto.

Doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dalcolmo é pesquisadora sênior da Fiocruz e presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Ela ocupa a cadeira de número 12 da Academia Nacional de Medicina (ANM). Em 2021, lançou o livro “Um tempo para não esquecer – A visão da ciência no enfrentamento da pandemia do coronavírus e o futuro da saúde”.

A médica apresentou uma linha do tempo, citando as principais coronaviroses endêmicas e epidêmicas que aconteceram ao longo do tempo, até o surgimento do vírus SARS-CoV-2 no final de 2019, na China. “Não adianta a gente querer planejar o futuro sem olhar o passado. O passado nos ensina e a história das epidemias sempre foi algo que eu escrevo muito, há muito tempo. Precisamos aprender com o que passamos”, disse.

A médica falou ainda sobre a evolução dos tratamentos para a Covid-19, desde os antivirais até os imunomoduladores, suas vantagens e desvantagens. “A Covid-19 não é uma doença do aparelho respiratório, embora a porta de entrada seja um aparelho respiratório, sim uma doença da microcirculação”, afirmou.

Margareth também reforçou a importância da vacinação, tanto em relação à Covid-19, como dos demais os imunizantes disponíveis pelo Plano Nacional de Imunização.

“A epidemia arrefeceu de certa maneira, sem a transmissão ainda é razoável, nós ainda temos cerca de 100 óbitos por Covid-19 por semana no Brasil, o que não é pouca coisa. E temos uma adesão à vacina bivalente muito baixa. Estamos com menos de 20% de cobertura na população adulta e adolescente da vacina bivalente, o que é uma pena porque os estudos já mostraram que a vacina bivalente é capaz de proteger quantas novas cepas variantes e subvariantes circulantes hoje no mundo”, afirmou.

PARQUE DA SAÚDE – Tecpar, Fiocruz Paraná e IBMP são parceiras em diversos projetos, como o Centro de Saúde Pública de Precisão, que fará estudos genéticos que possam trazer respostas mais precisas no diagnóstico e tratamento de doenças, focando na necessidade de cada indivíduo.

Durante a apresentação, Margareth ressaltou a importância de fortalecer o complexo industrial da saúde no Brasil, lembrando as diversas ocasiões em que a falta de insumos e a dependência externa atrasaram a produção das vacinas. “Vocês lembram que no começou da produção de vacina, ninguém envasava as vacinas? Não tinha frasco, não tinha vidro. Isso não pode mais acontecer, de ficar dependendo de uma coisa simples de produzir. O complexo industrial da saúde no Brasil aprendeu o que tem que produzir aqui, não pode ficar nesse grau de dependência”, afirmou.

O Tecpar, como laboratório público oficial, está conectado com as necessidades do Brasil na área da saúde. Uma das metas do Plano do Governo para o instituto está a implementação de uma planta multivacinas para atender o Programa Nacional de Imunizações (PNI), com a produção da vacina pentavalente, que protege pessoas contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e pneumonia/meningite.

FIOCRUZ PARANÁ – O Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz) é a unidade técnico-científica regional da Fundação Oswaldo Cruz no Paraná. Vinculada ao Ministério da Saúde, a Fiocruz Paraná se destaca como um produtivo e bem instalado centro de pesquisa, atuando nas áreas de bioquímica, biologia molecular e biologia celular de agentes infecciosos e seus hospedeiros, no estudo da regulação da expressão gênica de microorganismos e parasitas, na caracterização molecular de células tronco, em virologia molecular e em biotecnologia.

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