Responsável por colaborar com a disponibilidade de água, fornecimento de nutrientes para a vegetação e ano combate às mudanças climáticas, o solo é essencial para a vida. Nesta terça-feira (15), Dia Nacional da Conservação do Solo, o Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), reforça algumas orientações sobre a preservação dessas superfícies.
Uma delas é sempre descartar os resíduos em locais apropriados, especialmente o lixo tóxico, como pilhas, lâmpadas, equipamentos eletrônicos e medicamentos vencidos. Quando depositados no solo, esses resíduos podem causar contaminação, prejudicando o fornecimento de água por meio da poluição de lençóis freáticos.
Outro ponto importante é que a vegetação é um elemento essencial para a proteção do solo, evitando a exposição direta da terra e ajudando a evitar processos erosivos. Por isso, plantar espécies nativas é algo que beneficia muito a conservação da superfície. Para isso, a população pode solicitar mudas cultivadas nos 19 viveiros do IAT, seja pelo aplicativo Paraná Mais Verde, disponível na Play Store (modelos Android) e na App Store (modelos iOS), ou por meio de uma solicitação através do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), no endereço www.sga.pr.gov.br.
CUIDE DAS ÁREAS VERDES – Cuidar das áreas com vegetação é outra forma de garantir a conservação do solo. Ao visitar locais como parques, unidades de conservação ou Áreas de Proteção Ambiental, lembre-se de sempre descartar resíduos nos locais adequados e de não remover a vegetação nativa. Além disso, fique atento para participar de ações voluntárias de conservação organizadas nesses espaços, e informe as autoridades ao avistar crimes contra a flora nessas localidades.
“Restaurar solos degradados é algo que leva tempo e necessita de muitos investimentos financeiros. Por isso, para reverter esse cenário, é essencial adotar medidas como a conservação e a restauração de nascentes, de Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais (RL), bem como o uso de práticas agrícolas sustentáveis e a criação de áreas protegidas para preservar a biodiversidade. Essas ações ajudam a manter o equilíbrio dos ecossistemas e a saúde do solo”, explica o agente profissional e engenheiro agrônomo do IAT, Guilherme Alex da Costa.
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TIPOS DE SOLO NO PARANÁ – De acordo com o núcleo estadual da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, o Paraná possui oito tipos diferentes de solo, classificados tanto conforme características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas quanto pela avaliação os aspectos ambientais, como clima, vegetação, relevo, material originário, condições hídricas, características externas ao solo e relações solo-paisagem.
Desses, cinco são encontrados com maior frequência: o Latossolo, antigo e profundo, está presente em 31% do território, principalmente em relevos mais planos; o Neossolo, um tipo raso e em estágio inicial de evolução, é encontrado em 22% do território, em todas as regiões do Estado; o Argissolo, bastante vulnerável à erosão, está presente em 15,5% do Estado, desde o Litoral até o Noroeste, e possui uma camada superficial de areia e um acúmulo de argila no horizonte subsuperficial; o Nitossolo, presente em 15% do território, principalmente nas regiões com rochas basálticas no Norte, Oeste e Sudoeste, possui agregados que apresentam um brilho característico; e o Cambissolo, pouco espesso e com fertilidade variável, está presente em 11% do Paraná, predominantemente no Sul e no Leste.
Fecham a lista o Gleissolo (1% de ocorrência no Estado), solo acinzentado encontrado próximo de rios e lagos; o Espodossolo (0,5%), encontrado na planície litorânea e altamente arenoso, e o Organossolo (0,5%), de cor escura e grande acúmulo de matéria orgânica, encontrado nas várzeas dos rios Iapó, Alto Iguaçu e Paraná.