Com mais de 400 mil empregos gerados em quatro anos, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Paraná se enquadra hoje dentro do pleno emprego, com uma taxa de desemprego de 5,3%, a menor desde 2014, de acordo com o último relatório trimestral da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ainda segundo o Caged, o saldo anual de 2021, totalizado em 175.121 empregos, é o melhor resultado dos últimos 18 anos. Como ainda restam os dados referentes a novembro e dezembro, o saldo de 2022, cuja parcial já soma 147.955 postos de trabalho preenchidos, pode superar este recorde.
Esses resultados mostram uma rápida recuperação econômica do Paraná, e é fruto de uma série de políticas voltadas para a empregabilidade promovidas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf). A Secretaria também coordena a rede Sine Estadual (Sistema Nacional de Emprego), que atualmente conta com 216 Agências do Trabalhador e 83 postos avançados, levando os programas de empregabilidade e qualificação profissional para todas as regiões do Estado.
As ações vão desde mutirões de emprego em parceria com a iniciativa privada na Agência do Trabalhador de Curitiba, o programa Emprega Mais Paraná, que leva o ônibus da Agência do Trabalhador Itinerante para cidades do interior, e o programa Cartão Futuro, o maior programa de primeiro emprego do Brasil.
“O emprego é o melhor programa social que um governo pode fazer, ele promove dignidade e cidadania aos paranaenses. Nós trabalhamos incansavelmente na área do trabalho, com excelentes programas de qualificação profissional e diversas ações diretas de empregabilidade”, ressaltou o secretário Rogério Carboni.
Segundo a chefe do Departamento do Trabalho da Sejuf, Suelen Glinski, o Paraná está entre os Estados que mais empregaram em 2022 e esse resultado é reflexo do investimento em ações voltadas à qualificação técnica e profissional dos trabalhadores paranaenses, que estão mais preparados para conseguirem ocupar uma vaga de emprego formal.
“Pode-se observar que a geração de empregos formais cresce em todas as regiões do Estado e em todos os setores de atividades, principalmente no de serviços e da indústria”, disse. “A indústria em especial ajuda a alavancar os demais setores da economia, como um efeito em cadeia, fomentando o comércio e os serviços (logística, manutenção, conservação, etc), além de remunerar melhor os trabalhadores por exigir um nível técnico maior também”.
INTERMEDIAÇÃO – Além dos mutirões e programas específicos, o trabalho contínuo dos servidores da rede Sine Estadual, gerenciado pelo Governo do Estado em conjunto com as prefeituras municipais, também é responsável pelos altos índices de geração de emprego.
Nos últimos quatro anos, a rede Sine Estadual captou cerca de 600 mil vagas de emprego, através do contato direto com o empresariado de cada cidade, da busca ativa, e do apoio a grandes projetos da iniciativa privada como a instalação de plantas industriais, frigoríficos, grandes mercados e shopping centers.
Destas vagas, mais de 330 mil foram efetivamente preenchidas, por meio da intermediação de mão de obra (IMO), por trabalhadores que buscaram as Agências do Trabalhador, ou participaram de algum mutirão ou ação de empregabilidade promovido pelo Governo do Estado.
Os trabalhadores também podem, nestes espaços, obter apoio através do serviço de orientação profissional, confecção de currículo e dos programas de microcrédito, além de terem acesso aos direitos trabalhistas como o Seguro-Desemprego.
A rede Sine Estadual do Paraná se consolidou como a rede que mais realiza intermediação de mão de obra no Brasil também em 2022. No último relatório disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Previdência, a rede Sine Estadual do Paraná somou 111.812 trabalhadores contratados via IMO de janeiro a novembro de 2022, mais que o dobro que o Ceará (44.936), segundo colocado no ranking, e o triplo de São Paulo (32.132), terceiro colocado.
EMPREGA MAIS PARANÁ – Dentro desses números estão inclusos a intermediação de obra através do programa Emprega Mais Paraná. Lançado em 2019, o programa, com apoio das prefeituras municipais, leva o ônibus da Agência do Trabalhador Itinerante para os municípios do Interior, do Litoral e da Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O programa iniciou de forma piloto em 2019 como “Emprega Mais Litoral”, levando vagas de emprego para os municípios litorâneos durante a temporada de verão 2019/2020. Com o sucesso, o programa foi expandido e rebatizado de Emprega Mais Paraná, com o objetivo de levar empregos para todos os 399 municípios, porém o projeto teve que ser postergado em decorrência da pandemia da Covid-19.
A partir do momento em que foi restabelecida a segurança sanitária do Estado, em meados de 2021, o programa retomou as atividades, e circulou em 33 cidades, resultando em 3.286 trabalhadores encaminhados à vagas de emprego.
No ano de 2022, o programa passou por uma grande expansão, batendo recordes de encaminhamentos. Neste ano, o ônibus percorreu 92 municípios e realizou 9.154 encaminhamentos. No somatório, foram 12.440 trabalhadores contemplados pelo programa.
CARTÃO FUTURO – Outro dos carros-chefes na área de Trabalho é o Cartão Futuro, o maior programa de primeiro emprego do Brasil, num investimento que soma R$ 57,8 milhões de recursos do Fundo Estadual da Infância e Adolescência (FIA-PR) e do Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Aprovado no final de 2019 e iniciado em 2020, o programa estimula o primeiro emprego através da subvenção de parte do salário dos jovens aprendizes.
A partir de 2022, com as mudanças legislativas feitas pelo Governo do Estado, o programa teve um crescimento e efetivou mais 878 jovens em menos de um ano. Atualmente o programa conta com 957 jovens contemplados em 230 empresas que aderiram ao programa.
São repassados para as empresas participantes R$ 300 por mês para cada jovem contratado e R$ 450 se for pessoa com deficiência, egresso do sistema socioeducacional, aprendizes que estejam em situação de medida protetiva de acolhimento institucional ou programa de acolhimento familiar, e de adolescentes vítimas de trabalho análogo à escravidão.
“Com o Cartão Futuro todos saem ganhando. A empresa, além de receber a subvenção, tem a garantia de um profissional em constante capacitação e aprimoramento. Enquanto isso, os jovens além de conquistarem o emprego, adquirem conhecimento e experiência no mercado de trabalho”, ressaltou Carboni.
Para se beneficiar do programa Cartão Futuro, o jovem deve ser membro de família com renda mensal total de até três salários mínimos. A família precisa estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou deter declaração de vulnerabilidade social emitida pela Assistência Social do município.
CAPITAL DOS MUTIRÕES –Outra ação da Secretaria que alavancou a empregabilidade, foram os mutirões setorizados e para públicos específicos realizados pela Agência do Trabalhador de Curitiba. As ações foram iniciadas em maio, durante as atividades do Mês do Trabalhador, com um mutirão por semana, e devido ao grande retorno das ações foram continuadas durante o resto do ano.
“Nos mutirões de empregos setorizados e para públicos específicos, conseguimos mobilizar mais 40 empresas diferentes em cada evento para realizar o processo seletivo, inclusive com contratações imediatas, e foram fundamentais para otimização de tempo tanto de empreendedores como de profissionais em busca de determinado segmento", explicou Rafael Santos, gerente da Agência.
Em maio, foram testadas com sucesso as duas formas de mutirões. Iniciando com os setorizados, o primeiro foi o Mutirão de Empregos para Mercados, e o segundo, para Telemarketing. Na sequência, foram dois mutirões voltados para segmentos específicos, como o Mutirão de Empregos para LGBTI+, e depois para a população de 50 anos ou mais.
No primeiro mês, somando os quatro mutirões, foram ofertadas 4.290 vagas de emprego, e feitos 6.790 atendimentos para 1.826 candidatos. Destes, cerca de 1.661 foram pré-aprovados e encaminhados para vagas de emprego.
Em junho, mais dois mutirões foram realizados, com o Mutirão de Empregos de Bares e Restaurantes, numa parceria com a Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas), e o Mutirão para Jovens Aprendizes, em parceria com diversas entidades formadoras.
Em julho, os mutirões foram levados para a Rua XV de Novembro, em Curitiba, numa parceria com a Associação Comercial do Paraná (ACP), que intermediou mão de obra para o setor comercial do dia 1º ao dia 31 do mês. No mesmo mês, também foi houve um Mutirão de Vagas para Pessoas com Deficiência (PCDs).
No segundo semestre, foram realizados mais os seguintes mutirões: Jovens; LGBTQI+; vagas em Mercados; vagas em Telemarketing; população 50+; Vagas Temporárias; PCDs; Mulheres; e Migrantes.
Ao todo, de maio a novembro, foram feitos quase 20 mil atendimentos para 7.370 pessoas que participaram dos 17 mutirões. Destas, cerca de 5,4 mil foram encaminhadas para contratação das empresas participantes.