Entre 10 de janeiro e 10 de fevereiro o Museu Paranaense (MUPA) recebe as propostas para ocupação do Espaço Vitrine. O programa tem como objetivo trazer exposição nas áreas de Artes Visuais, Design e Arquitetura em diálogo com as disciplinas científicas da instituição: Antropologia, Arqueologia e História, promovendo a interdisciplinaridade entre esses diferentes campos de atuação.
Serão selecionadas três propostas. Nesta segunda edição, além de custear gastos relacionados à montagem, o Museu vai contemplar os selecionados com um cachê de R$ 2,5 mil. O formulário de inscrição será divulgado nas redes sociais e site do MUPA, e os selecionados devem ser anunciados no dia 05 de março.
Segundo a diretora do MUPA, Gabriela Bettega, o programa busca abrir o espaço institucional para dar amplitude e projeção a jovens artistas, arquitetos, designers e pesquisadores.
“O edital abre o espaço do Museu para ocupação de propostas de jovens artistas, designers, arquitetos, enfim, a variadas formas de expressão com o objetivo de fomentar o deslocamento destas ideias a um espaço de interação social e trocas, como se apresenta o Museu hoje, a fim de incentivar a produção deles”, afirma.
TEMÁTICA – Em 1915, a poeta norte-americana Hilda Dootlittle publica “The Pool”, um pequeno poema de cinco linhas. Sem ritmo, sem rimas, sem métrica regular. Mas essa pequena construção propõe imagens fortes que remetem a uma história sobre o contato. Um contato entre pessoas? Entre pessoas e animais? Múltiplas podem ser as interpretações em “The Pool”. Foi pensando na atmosfera inspirada pelo poema que o Museu Paranaense lançou a campanha de comunicação, intitulada “Re-contato”.
Direcionando tematicamente as ações em 2022, em especial os projetos que serão selecionados no II Edital de Ocupação do Espaço Vitrine, o título da campanha remete à retomada do contato do Museu com seu público, através do desdobramento de práticas e programações ligadas à pesquisa científica, conservação de patrimônio, arte contemporânea, design, arquitetura e outras artes aplicadas.
“A ideia de contato também será um ponto norteador para falar sobre as muitas almas do MUPA: o diálogo entre antropologia e identidades múltiplas, arqueologia e memória, história e experimentações futuras, humanidade e natureza”, diz Richard Romanini, diretor artístico do MUPA. Uma abordagem interdisciplinar sobre a coexistência.
Assim como na proposta de 2019, chamada de Sinal dos Tempos, Re-contato conta com um ensaio fotográfico que busca traduzir o conceito em imagens, e que poderá ser conferido a partir de dezembro deste ano por meio da comunicação virtual do Museu Paranaense. Basta acessar as redes sociais e o site do MUPA. O público também poderá conhecer a proposta ao visitar o espaço físico do Museu.