O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef) e da Defesa Civil, reuniu nesta segunda-feira (20) cerca de 300 representantes dos municípios para a oficina sobre desafios na atuação em assistência social em casos de situação de emergência e estado de calamidade provocados por eventos naturais, como chuvas, vendavais e inundações.
A oficina abordou desde como solicitar decretos de reconhecimento de situação de emergência ou estado de calamidade, até o preenchimento de formulários para o pedido de recursos ao governo federal. O encontro também tratou de planejamento de ações, capacitação de equipes e preparativos de locais que servirão de abrigos para pessoas atingidas. O objetivo foi capacitar profissionais e gestores da assistência social municipais para o aperfeiçoamento das ações desenvolvidas nestas situações.
“Esse encontro é muito importante para que os municípios possam acessar recursos, adotar providências preliminares e, para quando ocorrer eventos, possam ter uma ação mais articulada, mais coordenada e, principalmente, assertiva”, disse o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.
A iniciativa, realizada de forma presencial, em Curitiba, e online, destacou a importância da preparação das equipes municipais para responder eficientemente a situações de emergência.
“O Paraná, assim como outras regiões do país, tem enfrentado eventos climáticos extremos e desastres naturais nos últimos meses. Planejamentos prévios podem mapear as regiões mais vulneráveis de cada município e preparar locais para acolhimentos de pessoas atingidas. Assim, é possível reduzir as chances de erros”, destacou Vera Campelo, coordenadora do Serviço de Calamidade Públicas e Emergência do Ministério do Desenvolvimento Social, Combate à Fome e Família.
Segundo o servidor da Instância Avançada da Sedef em Cianorte Sidnei Rodrigues de Souza, o encontro é inédito e muito importante, tanto para os servidores da secretaria quanto para os municípios.
“Tenho 38 anos de serviço público na secretaria e é a primeira vez que vejo um curso assim. Achei muito importante, devido aos eventos climáticos que vêm nos atingindo. Um dia muito produtivo, porque pudemos nos aprimorar. É positivo para os municípios, que na hora do acontecimento nem sempre conseguem fazer o que é necessário para aquele momento”, disse Rodrigues.
A coordenadora da Assistência Social do município de Kaloré, Elisandra Zanelatto, mesmo a cidade não sendo atingida, fez questão de comparecer para tomar medidas de forma preventiva. “Sabemos da importância desse conhecimento para quando precisarmos enfrentar algo. Foi muito bom, saímos daqui com as dúvidas esclarecidas”, afirmou.
“Tivemos um dia com muito conhecimento teórico, mas também prático, para que as cidades saibam como são os formulários, vejam a diferença de cada um e as especificidades que precisam conter”, ressaltou a diretora da Política do Desenvolvimento Social da Sedef, Quelen Coden.
EXPERIÊNCIAS – Ao final do evento, os participantes tiveram a oportunidade de trocar experiências e conhecer boas práticas implementadas em outros municípios que enfrentaram desafios semelhantes. A expectativa é que, ao final da oficina, os profissionais estejam mais preparados para coordenar ações integradas, garantindo uma resposta eficaz e humanizada diante de eventos adversos.
Desde o início de outubro, o Paraná enfrenta várias situações de intempéries climáticas. Até o momento, são 100 municípios com situação de emergência outros 17 em estado de calamidade pública. No dia 12 de outubro, o governador Carlos Massa Ratinho Junior determinou o acolhimento das pessoas de grupo prioritário em hotéis e pousadas. Até o momento, já foi destinado R$ 1 milhão para hospedagens e alimentação às famílias abrigadas em hotéis.
Por meio da Sedef, do Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e Adolescentes e Conselho Estadual da Assistência Social, mais de R$ 11 milhões foram enviados para os municípios atingidos pelas fortes chuvas.