Estudantes e pesquisadores, poder público, iniciativa privada e sociedade se reúnem nesta quinta-feira (13) no Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), em Paranaguá, para debater as iniciativas de monitoramento ambiental em áreas portuárias. A Portos do Paraná, empresa pública estadual, participa do evento organizado pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR) e que tem como objetivo promover integração, transparência e melhoria das atividades.
De acordo com bióloga da Portos do Paraná, Juliana Lopes Vendrami, esta é uma oportunidade para integrar a comunidade acadêmica e portuária e encontrar soluções conjuntas para a cidade. “É importante conciliar os dados e avançar cada vez mais nos monitoramentos e programa de mitigação para que tenhamos um ambiente cada vez mais sustentável”, afirma.
As informações geradas pelos 25 programas de monitoramento ambiental executados pela autoridade portuária são disponibilizadas para todos que solicitem. “São números coletados desde 2013 que estão abertos a toda a sociedade. O Porto é um agente importante na comunidade e, cada vez mais, trabalha para que essa relação seja mais próxima”, completa.
EVENTO - O I Encontro Nacional Interdisciplinar em Ciência, Tecnologia e Sociedade é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PPGCTS) do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Campus Paranaguá. Iniciado nesta quarta (12), o evento segue até sexta-feira (14).
O tema em discussão nesta quinta-feira é Monitoramento Ambiental Portuário. Apresentam-se a Diretoria de Meio Ambiente da Portos do Paraná, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) e pesquisadores das universidades da região – UFPR Litoral, IFPR e Unespar. Um debate encerra os trabalhos do dia.
O professor Leandro Ângelo Pereira, organizador do evento, explica que além de propor a interdisciplinaridade do debate, entre áreas como Ambiental, Gestão e Tecnologia, o encontro promove a construção de uma rede integrada entre as três universidades da região acerca do tema.
“O principal ponto desse encontro é tentar diminuir as barreiras entre o mundo acadêmico, a sociedade e o mundo econômico. Os portos podem ajudar otimizando os dados para que gerem novos conhecimentos”, afirma Pereira, que propõe que sejam feitos convênios e termos de cooperação para que a academia também possa contribuir com a parte científica e tecnológica.
PARCEIROS - Para a coordenadora Ambiental da TCP, Flávia Crozeta, o encontro é parte fundamental de todo o processo de monitoramento ambiental do Litoral. “É uma chance de juntarmos os trabalhos e conseguirmos aumentar as malhas amostrais dos nossos monitoramentos, e trazer dados mais significativos para o Litoral”, disse a coordenadora.
Para a integrante do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema) do Ministério Público do Paraná, Priscila Cavalcante, ao mesmo tempo em que as empresas e os portos do paraná se integram em uma coalização, a iniciativa das universidades se unirem é importante.
“As universidades também perceberam a necessidade de atuarem juntas em suas pesquisas, integrando os bancos de dados e propondo um trabalho mais qualificado de monitoramento portuário”, afirma Priscila.
Segundo a promotora, com a integração a comunidade ganha em transparência e acessibilidade em relação às informações geradas pelos programas de monitoramentos.