Missão ao Japão e Coreia do Sul foi exercício da habilidade comercial, diz secretário

Estado vê boas perspectivas de abertura de mercado para carnes suína e bovina no Japão e Coreia do Sul, que pagam mais pelo bom produto. Em 27 de maio de 2021, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concedeu ao Paraná o certificado de livre de febre aftosa sem vacinação, o que serve como um selo da boa qualidade.
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17/03/2023 - 11:30

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A missão liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior para o Japão e Coreia do Sul, e que teve a presença de quatro secretários de Estado, além de representantes da Ocepar e de empresas privadas, foi também um exercício na habilidade comercial. Um dos principais objetivos foi a abertura e ampliação de mercado para as proteínas animais paranaenses.

“Nós sabemos fazer, e é muito importante produzir sempre de forma competente, com resultado, qualidade, sustentabilidade e tamanho, mas nós precisamos cada vez mais exercitar a nossa habilidade comercial para destravar possíveis novos mercados para nossa produção”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que compôs a comitiva.

Em 27 de maio de 2021, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concedeu ao Paraná o certificado de livre de febre aftosa sem vacinação, o que serve como um selo da boa qualidade das proteínas animais. “Com ele pudemos intensificar os contatos com países importantes, como Coreia do Sul e Japão”, acentuou. Os dois países pagam melhor para as carnes de boa qualidade.

Desde 4 de março, aconteceram reuniões com os ministérios da Agricultura de ambos os países e com dezenas de empresas importadoras, que já são destinatárias da produção de frango do Paraná. A intenção é que passem a comprar carnes suína e bovina. “Os países têm protocolos e procedimentos próprios, por isso as reuniões foram eminentemente técnicas no sentido de demonstrar que temos produção segura, sustentável, de qualidade, com escala e preço competitivo, e agora aguardamos as respostas”, afirmou.

Também foram visitadas empresas que trabalham no desenvolvimento de soluções para garantir alimentação ao mundo. “São potenciais parceiras comerciais e querem, junto conosco, motivar os governos da Coreia e do Japão para abrir o mais rapidamente possível o comércio de carne bovina e carne suína”, disse Ortigara. As conversas estenderam-se também às embaixadas brasileiras nos países visitados. “Um suporte necessário, adequado, cortês e profissional”, afirmou.

De acordo com o secretário, a comitiva conversou com embaixadas, empresas importadoras, startups, ministérios da Agricultura dos dois países, para garantir que o potencial de produção de proteínas animais do Paraná possa ser devidamente explorado em termos comerciais.

“Afinal, foi para isso que nós trabalhamos arduamente aqui no Paraná, com o esforço privado, das cooperativas, dos sindicatos, das empresas e do governo, para eliminarmos a aftosa e a peste suína clássica e mostrarmos uma cara limpa”, afirmou. “O objetivo de vender pode ser alcançado pouco a pouco se houver articulação mais intensa”. Para isso, ele manteve contatos com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e a equipe técnica de sanidade e de relações internacionais do ministério durante a viagem.

De acordo com o secretário, ainda há vários países no radar do setor produtivo paranaense, como Itália, Portugal e Bangladesh. “Queremos ampliar esse esforço de vender nossa boa produção”, afirmou. a Invest Paraná, agência de atração de investimentos, já organiza viagens para esses países.

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