Megaoperação da PCPR prende 17 traficantes de drogas e apreende armas na RMC

Ao todo, 83 mandados judiciais estão sendo cumpridas simultaneamente nos municípios de Curitiba, Colombo, São José dos Pinhais, Piraquara e Pontal do Paraná. A organização criminosa é comandada por um casal, envolvendo a participação ativa de diversas pessoas em atividades ilícitas.
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26/02/2025 - 07:50

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 17 integrantes de uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em operação deflagrada nesta quarta-feira (26). A ação resultou também na apreensão de drogas, armas, dinheiro em espécie e veículos.

A operação, que contou com a participação de 60 policiais civis, foi deflagrada simultaneamente nos municípios de Curitiba, Colombo, São José dos Pinhais, Piraquara e Pontal do Paraná. Além dos mandados de prisão foram cumpridos 35 de busca e apreensão, além do bloqueio de 25 contas bancárias utilizadas para movimentação ilícita de dinheiro. 

Durante as buscas, os policiais apreenderam 12 quilos de maconha, 169 gramas de crack e 65 gramas de cocaína, além de três revólveres calibre .38, uma pistola 9mm e dez munições de mesmo calibre. Também foram confiscados R$ 73.100,00 em espécie e sete veículos utilizados pela organização.

No momento do cumprimento dos mandados, o líder do grupo tentou fugir da abordagem policial. Durante a tentativa de escape, ele descartou uma sacola contendo mais de R$ 70 mil em espécie.

A operação contou com o suporte do Núcleo de Operações com Cães (NOC) da PCPR, cujos cães policiais auxiliaram na localização de drogas e armas escondidas. Além disso, a ação recebeu apoio de helicóptero do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), que forneceu suporte tático aéreo.

INVESTIGAÇÕES – As investigações tiveram início em junho de 2023 e apontaram a prática de crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, receptação de bens, posse ilegal de armas e associação criminosa. Além disso, foram identificadas movimentações suspeitas entre os integrantes, incluindo o uso de contas bancárias de terceiros para movimentar o dinheiro proveniente do tráfico e dificultar a identificação dos responsáveis.

A PCPR identificou que a organização possuía uma estrutura hierárquica bem definida, comandada por um casal, envolvendo a participação ativa de diversas pessoas em suas atividades ilícitas. Entre as funções estão o controle financeiro, a gestão de pontos de venda e comercialização.

“A organização atuava de forma sistemática e estruturada no município de Colombo, demonstrando um planejamento estratégico que assegura o controle das operações e a obtenção de significativos lucros ilícitos”, explica o delegado Victor Loureiro.

O delegado também aponta que os líderes da organização atuavam de maneira estratégica e evitavam contato direto com as drogas, eles utilizavam terceiros para movimentação financeira e distribuição dos entorpecentes. Os lucros obtidos com o tráfico de droga eram movimentados por meio de empresas fantasmas e contas de terceiros.

Durante as investigações, em junho de 2024, houve a apreensão de 300 quilos de maconha, transportados em um veículo ligado diretamente aos líderes do grupo. Um dos gerentes da organização foi preso.

O líder da organização criminosa possui antecedentes criminais por tráfico de drogas, roubo, posse/porte ilegal de arma de fogo. Os demais envolvidos também possuem antecedentes por diversos crimes, entre eles roubo, tráfico de drogas, homicídio, roubo de cargas, receptação.

A PCPR segue analisando os materiais apreendidos, incluindo documentos, celulares e registros financeiros e não descarta novas fases da investigação.

DENÚNCIAS – A população pode colaborar com informações que auxiliem nas investigações por meio dos canais de denúncia anônima da PCPR, pelo telefone 197 ou pelo Disque-Denúncia 181.

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