O Governo do Estado desenvolveu 148 ações e beneficiou 7.145 cidadãos desde o início da Operação Rondon Paraná 2023, no feriado de 12 de outubro. As equipes de rondonistas formadas por 150 estudantes e 28 professores universitários atenderam demandas relacionadas à saúde, inclusão social e educação nos sete municípios participantes. A expectativa é atender 13 mil pessoas em mais de 250 atividades programadas até este sábado (21).
As atividades de extensão estão acontecendo nos municípios de Antonina, Guaratuba, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná, no Litoral do Estado; e Cerro Azul e Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O projeto é coordenado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), em conjunto com as sete universidades estaduais do Paraná.
Nesta terça-feira (17), o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, acompanhou as ações no município de Cerro Azul, que conta com a atuação de equipes de rondonistas das universidades estaduais do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Paraná (Unespar).
“O projeto tem resultados importantes para as comunidades atendidas, na formação dos estudantes e dos próprios professores que se envolvem no conjunto de atividades”, disse o secretário. “Tive a oportunidade de visitar algumas ações em andamento e ver o entusiasmo das pessoas com tudo aquilo que se propõe e se desenvolve no âmbito do projeto”, acrescentou.
A aposentada Zélia Silva de Lima comentou sobre a oficina de culinária e produção de bolachas caseiras. “A oficina foi muito boa e pode proporcionar uma renda”, afirmou a moradora de Paranaguá. Ela pretende compartilhar o aprendizado. “Esse conhecimento pode proporcionar um futuro melhor e gerar renda. Eu posso compartilhar com as minhas amigas que não estão presentes. Se elas se interessarem, pode mudar a vida delas assim como vai mudar a minha”.
AÇÕES – As atividades da operação envolvem moradores de diversas comunidades, com o objetivo de capacitar agentes multiplicadores para o desenvolvimento de projetos autossustentáveis que atendam as demandas locais e regionais. A iniciativa valoriza a cidadania, a promoção de soluções sustentáveis para a inclusão social e a redução de desigualdades regionais, previamente identificadas pelas universidades, em conjunto com a gestão pública de cada município.
Em Antonina, por exemplo, entre as atividades estão palestras sobre temas como saúde mental, relações interpessoais e valorização feminina, voltadas para mulheres que trabalham nos terminais portuários Barão de Teffé e Ponta do Félix, que compõe o complexo administrado pela empresa pública estadual Portos do Paraná.
Moradores da Praia Central, de Balneário Prainha e de comunidades do Cabaraquara, Limeira e Riozinho, em Guaratuba, participaram de oficinas relacionadas à conservação do manguezal, educação ambiental, ecoturismo e observação de aves da restinga. As pessoas das comunidades de América de Cima, Sambaqui, Mundo Novo do Saquarema e Rio Sagrado, em Morretes, participaram de oficinas sobre plantas medicinais e reaproveitamento de alimentos e prevenção contra parasitas, além de práticas de pilates para idosos.
No município de Pontal do Paraná as atividades envolveram oficinas de fotografia e rodas de conversa na comunidade indígena Guaviraty, da etnia Mbyá Guarani, e palestras sobre a literatura paranaense. Em Rio Branco do Sul, foram promovidas atividades recreativas para crianças e palestras sobre educação e inclusão para professores e estudantes. Diariamente acontecem palestras e oficinas em Paranaguá, com conteúdos voltados para temas como educação financeira e empreendedorismo.
Em Cerro Azul, estudantes do segundo ano do ensino médio participam de palestras durante toda a semana. O professor Antônio Marcos Dorigão, da Unespar, explica que a atividade apresenta o ensino superior aos alunos da rede pública de ensino. “Inserimos na conversa a existência das sete universidades estaduais, a quantidade de cursos que a gente tem e o desenvolvimento que essas universidades proporcionam, incentivando os estudantes a cursarem o ensino superior”, afirmou.
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INSTITUCIONAL – A Operação Rondon Paraná surgiu em 2015, proposta pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ao longo de cinco edições, entre os anos de 2015 e 2019, 34 municípios foram beneficiados, a partir de ações desenvolvidas por 832 rondonistas, entre alunos, professores e agentes universitários. Foram 4.129 oficinas e 116.875 atendimentos disponibilizados para a população.