Para marcar o Maio Laranja, o Governo do Paraná, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família, promoveu nesta terça-feira (28) o 2º Seminário Estadual de Enfrentamento das Violências contra Crianças e Adolescentes. O principal objetivo do encontro foi atualizar toda a rede de proteção infantil apresentando dados e estratégias para que as violações de direitos das crianças e adolescentes sejam combatidas de maneira eficiente.
O evento foi promovido em parceria com a Comissão Interinstitucional de Enfrentamento das Violências contra Crianças e Adolescentes e Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente (CEDCA/PR). Cerca de 250 pessoas participaram do seminário, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Elas fazem parte desta rede que envolve representantes de importantes áreas como saúde, educação, segurança pública, assistência social, conselheiros tutelares de todas as cidades, além do Judiciário.
Para o secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, a prevenção e o combate à violência dependem da conscientização e do fortalecimento das famílias e comunidades porque a luta é de todos. “O Paraná tem boas ações no combate à violência, mas é preciso a congregação de toda a sociedade para que a gente vença esse mal que assola muitas famílias, todas as classes sociais. Isso é muito triste, mas precisamos começar a falar disso em diversos ambientes e conclamamos toda a sociedade para unir forças para contermos esse mal”, destacou.
Durante todo o dia, foram apresentados painéis e palestras que discutiram formas de combate à violência, boas práticas desenvolvidas pelas instituições da Sociedade Civil Organizada. Também houve análise de dados do site CADÊ Paraná, que é um projeto do Centro Marista de Defesa da Infância para incidência política baseada em dados, bem como informações do Hospital Pequeno Príncipe sobre números de atendimentos e identificação de crianças e adolescentes com seus direitos violados.
Para a presidente do Conselho dos Direitos da Criança e Adolescente (CEDCA), Juliana Sabbag, as denúncias são um importante instrumento para que os dados sejam coletados, mas que principalmente se transformem em ações de combate. “É preciso que todas as situações sejam comunicadas. Mesmo quando não há certeza, é preciso denunciar”, afirmou.
Segundo ela, os caminhos são muitos como o Dique 181, o site 181, conselheiros tutelares municipais e, principalmente, o Estado. “Se percebermos sinais como apatia, agitação, enfim, mudanças bruscas e repentinas, podem ser um sinal que a criança está nos dando alguma informação e precisamos reportar isso às autoridades competentes. Esses dados são fundamentais para que possam ser realizados investimentos, desenvolvidos programas e ações”, ressaltou.
- Paraná tem o segundo melhor índice de alfabetização de crianças do Brasil, aponta MEC
-
Investimentos públicos do Governo do Paraná cresceram 302,3% nos últimos cinco anos
REDE DE PROTEÇÃO – Para fortalecer a rede de proteção, o Governo do Paraná, por meio do Fundo da Infância e Adolescência, destinou R$ 15.066.807,29 para a construção de 12 novas sedes dos Conselho Tutelares. Já foram inaugurados os espaços nos municípios de Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, e Campo Mourão, no Centro-Oeste.
Zilda Ingles Modena, presidente do Conselho Tutelar de Campo Mourão, destacou que espaços como esses são fundamentais no combate à violência. “Muitas vezes, o Conselho Tutelar é colocado como um bicho papão para as crianças, mas esses são espaços para a comunidade, para as famílias e precisamos de lugares que estejam preparados para acolher, afinal muitas vezes é neles que as crianças encontram a única forma de fazer cessar essas violações”, disse.
PRESENÇAS – Participaram do evento conselheiros tutelares de todo Estado, os deputados estaduais Evandro Araújo e Gilson de Souza; o defensor público Daniel Alves Pereira; a presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB Paraná, Bruna Saraiva; a promotora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Criança e Adolescente do Ministério Público, Heloise Bettega Kuniyoshi Casagrande, além de secretários municipais da Assistência Social e Criança e Adolescente.