MUPA recebe artista Castiel Vitorino para performance afrofuturista

A proposta da artista é uma leitura performática de textos considerados sagrados, e a ação acontece no dia 04 de março no MUPA, a partir das 19h30, com entrada gratuita. Os vestígios dessa performance permanecerão no museu com a abertura da exposição "Módulo elementar”.
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01/03/2023 - 11:40
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Castiel Vitorino Brasileiro é uma artista que nos últimos anos vem despertando a atenção de muita gente no cenário artístico do Brasil e do mundo. Instituições como o Instituto Moreira Salles, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e a Bienal de Berlim já deram destaque para seus trabalhos. Do olhar para as ancestralidades até experimentações afrofuturistas, ela pesquisa e reinventa relações nas quais corpos se desprendem das amarras da colonialidade.

A convite do Museu Paranaense (MUPA), Castiel Vitorino apresentará uma performance pela primeira vez em Curitiba, chamada “Advento”. A proposta da artista é uma leitura performática de textos considerados sagrados, e a ação acontece no dia 04 de março no MUPA, a partir das 19h30, com entrada gratuita.

Os vestígios dessa performance permanecerão no museu com a abertura da exposição "Módulo elementar”, que inaugura no dia 23 de março, às 19h. Para Castiel, estes são exercícios que criam um repertório corporal, emocional e cognitivo para fluir no mundo.

Artista, escritora e psicóloga formada na Universidade Federal do Espírito Santo, Castiel Vitorino atualmente é mestranda no programa de Psicologia Clínica da PUC-SP. Em seu processo artístico, estuda espiritualidades de matriz africana e constrói novas perspectivas que interseccionam cultura ancestral e arte em perspectiva decolonial.

Nascida em 1996 dentro de uma comunidade quilombola do Espírito Santo, o Morro da Fonte Grande, a artista afirma que a prática de “estetizar a vida” vem desde a infância, quando aprendeu, na comunidade, a dançar, ler, praticar capoeira e fazer o Congo – manifestação popular dos africanos do Congo que foram trazidos ao Brasil, escravizados.

Atualmente, sua prática vai desde a diáspora Bantu, passando pela “espiritualidade e ancestralidade travesti” até o afrofuturismo.

Serviço:

Sábado, 04 de março, às 19h30

Museu Paranaense

Rua Kellers, 289, São Francisco – Curitiba

Entrada gratuita

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