MUPA abre videoinstalação da artista e ativista indígena Glicéria Tupinambá

A exibição de “Nós somos pássaros que andam” ocorre continuamente durante o horário de funcionamento do museu, de terça a domingo, das 10h às 17h30. A obra fica em cartaz até o dia 5 de agosto, com entrada gratuita. Ação integra a programação do Programa Público, que aprofunda linguagens do corpo.
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17/07/2024 - 10:45
Editoria

Entra em cartaz nesta quinta-feira (18) no Museu Paranaense (MUPA) a videoinstalação “Nós somos pássaros que andam”, da artista e ativista indígena Glicéria Tupinambá. A exibição ocorre continuamente durante o horário de funcionamento do museu, de terça a domingo, das 10h às 17h30. A obra pode ser vista até 5 de agosto, na sala de vídeo do II Programa Público do MUPA, com entrada gratuita. A ação integra a programação desta segunda edição do Programa Público, que tem como objetivo se aprofundar nas linguagens do corpo, em suas múltiplas concepções.

Na instalação, Glicéria Tupinambá narra sua missão de recuperar em âmbitos material e cultural a tradição dos mantos Tupinambá que foram levados durante o período colonial por diversos museus europeus. O documentário, realizado na Terra Indígena Tupinambá, no Sul da Bahia, conta a história de feitura dos mantos, assim como as tradições de sua família e comunidade. Dividido em três telas, o filme teve o apoio da cineasta Mariana Lacerda e da jornalista Patrícia Cornils.

A exibição se dá em um momento especial para o Brasil e para o povo Tupinambá. Recentemente, um dos únicos exemplares do manto no mundo retornou ao País, para o acervo do Museu Nacional, depois de 300 anos na Dinamarca.

Glicéria Tupinambá é líder indígena do povo tupinambá, antropóloga, ativista, professora, pesquisadora, artista visual e audiovisual. Também conhecida como Célia Tupinambá, nasceu e se criou na Serra do Padeiro, na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, na Bahia. É mestranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Em 2006, depois de o povo Tupinambá retomar suas terras na Serra do Padeiro, Glicéria decidiu fazer o primeiro Manto Tupinambá para agradecer os Encantados. A confecção dos mantos está costurada à história do território, seu cotidiano e sua memória. Em 2021, o manto protagonizou a exposição “Kwá yapé turusú yuriri assojaba tupinambá | Essa é a grande volta do manto tupinambá”, na Funarte Brasília.

Mais recentemente, a artista venceu a 10ª edição da Bolsa de Fotografia ZUM/IMS com o projeto "Nós somos pássaros que andam". Ela representa o Brasil na Bienal de Veneza 2024, onde renomeou o Pavilhão do Brasil para Pavilhão Hãhãwpuá.

Serviço:

Videoinstalação “Nós somos pássaros que andam”

Data: a partir de quinta-feira (18) até 5 de agosto

Horário - das 10h às 17h30

Entrada gratuita

Museu Paranaense  (MUPA)

Rua Kellers, 289, São Francisco – Curitiba

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