Levantamento mostra presença do Aedes aegypti em 6 mil locais no Paraná

Boletim semanal divulga que o Paraná tem 2.270 casos confirmados, 324 a mais que o informe anterior. Em janeiro, foram encontradas larvas e pupas do mosquito em 6.125 locais, a maioria em recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios e ferro velhos e entulhos de construção.
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04/02/2021 - 08:52
Editoria

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A Secretaria Estadual da Saúde reforça o alerta à população sobre a importância de eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti para prevenção da dengue. O boletim semanal emitido na terça-feira (02) mostra que o Paraná tem 2.270 casos confirmados. São 324 casos a mais que o informe anterior, que apresentava 1.946 confirmações. A pasta também publicou o levantamento dos principais criadouros de Aedes aegypti entre 1º e 29 de janeiro de 2021.

O secretário Beto Preto lembra que a dengue é uma doença já conhecida e que pode levar a morte. “Estamos vivendo a pandemia pela Covid-19, mas as outras doenças não pararam de fazer vítimas e a dengue é uma delas. Porém, para prevenir a dengue, nós sabemos o que fazer, não é novidade. Precisamos acabar com espaços e objetos que acumulam água, esses são os criadouros do mosquito”, disse.

De acordo com o Boletim, os depósitos ou criadouros passíveis de remoção são os locais onde mais foram identificadas amostras de água com depósitos positivos para o mosquito causador da Dengue, Zika e Chikungunya.

Foram encontradas larvas e pupas do mosquito em 6.125 locais. Entre eles, 2.283, ou 37,4%, estavam em recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios e ferro velhos e entulhos de construção.

Na sequência, os depósitos mais comuns para o mosquito se acomodar e reproduzir, com 1.584 locais positivos, foram vasos de flores, frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, pequenas fontes ornamentais, materiais estocados para construção civil e objetos religiosos.

Para o secretário estadual, ações individuais são fundamentais para evitar casos de dengue. “Dentro da nossa casa, do nosso terreno, da nossa loja ou outro espaço que ocupamos, temos o dever de eliminar espaços e objetos que possam acumular água. Essa ação parece boba, mas é com a simplicidade que podemos eliminar as larvas do mosquito e não deixar que ele contamine pessoas”, lembrou Beto Preto.

CONTROLE – As Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue preveem o controle vetorial, que é a eliminação dos mosquitos, como um dos componentes principais para combate à dengue e outras arboviroses. Como as ações devem ser conjuntas e intersetoriais, devem envolver e responsabilizar tanto os gestores quanto a sociedade.

DADOS – As informações do boletim resultam do período epidemiológico com início em agosto de 2020 e término no final de junho de 2021. Em comparação ao mesmo período de 2020, os números de casos confirmados de dengue são menores: eram 10.882 no ano passado e 2.270 neste ano.

JACAREZINHO – No sábado (30), o município de Jacarezinho e a 19ª Regional de Saúde realizaram um mutirão para eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti. A ação envolveu centenas de pessoas que percorreram bairros da cidade. O resultado foi a retirada de uma grande quantidade de lixos, entulhos e outros materiais que estavam em quintais e terrenos e que poderiam acumular água parada. No próximo sábado será realizado um novo mutirão, contemplando bairros que não tiveram a passagem das equipes neste primeiro dia de limpeza e completando a ação, percorrendo então toda a zona urbana de Jacarezinho.

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