De volta às livrarias com um lançamento póstumo, a obra de Assionara Souza (1969-2018) é o assunto do especial da edição 128 do Cândido, jornal mensal editado pela Biblioteca Pública do Paraná. Potiguar radicada em Curitiba durante quase 30 anos, Assionara transitou pela prosa e a poesia, deu aulas, influenciou uma geração de novos autores e marcou seu nome entre os expoentes da literatura contemporânea do Paraná.
Sua trajetória pessoal e literária é resgatada pelo repórter Hiago Rizzi, a partir de depoimentos de amigos, familiares e outros escritores impactados por seus livros. O material ainda traz poemas inéditos de Assionara, presentes em Instruções para Morder a Palavra Pássaro, título que sai em abril pela Telaranha Edições.
Para a autora, tradutora e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luci Collin, uma das principais habilidades de Nara, como ela era chamada pelas pessoas mais próximas, foi sintetizar os grandes temas com leveza e ironia, sem agressividade. Luci também ressalta seu envolvimento total com a criação artística. “Nara respirava literatura. Não fazia com luvas, era a vida dela. Não há artificialismo”, diz.
Outros destaques do Cândido 128: entrevista (concedida a Luiz Felipe Cunha) com Jussara Salazar, artigo de Christian Schwartz na coluna Pensata, reportagem de Abonico Smith sobre músicos do pop nacional que também são escritores, conto de Clarissa Comin, poema de Ana Luiza Rigueto e ensaio fotográfico de Alessandra Moretti. A ilustração de capa é de Marcos Beccari.
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