Lagoas de reaproveitamento da Sanepar permitem novos usos da água na estação de Ibaiti

Companhia implantou sistema que reaproveita a água da lavagem de filtros e decantadores da estação de tratamento de água que iria direto para o rio. O investimento da Sanepar foi de R$ 3,8 milhões nesse modelo de reaproveitamento.
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07/08/2024 - 09:10
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A Sanepar implementou no município de Ibaiti, no Norte Pioneiro, um sistema que reutiliza a água da limpeza de filtros e decantadores da estação de tratamento de água (ETA) da cidade e que normalmente é devolvida para o manancial de abastecimento. O sistema entrou em operação em julho e é um dos primeiros no Paraná. A Sanepar já opera outro idêntico em Jacarezinho.

O investimento da Sanepar foi de R$ 3,8 milhões nesse modelo de reaproveitamento. O método consiste em um Tanque de Água de Lavagem de Filtros (TALF) e três lagoas de concreto para tratamento de lodo e separação da água que sai dos decantadores da estação de tratamento. No tanque e nas lagoas, a água passa por novo processo para separação de resíduos sólidos. Após secagem, o sólido residual vai para aterro sanitário. A água de reúso retorna para a estação de tratamento tão límpida quanto a que é captada no Rio Água Grande, que abastece a cidade.

“A implantação desse sistema nos permite reaproveitar praticamente 100% da água de lavagem dos filtros e decantadores, que seria lançada diretamente no rio, o que era feito até há pouco tempo. Isto significa que a Sanepar consegue reciclar cerca de 2,5% do volume diário da água que é produzida na estação”, explica o gerente da Sanepar na Regional de Santo Antônio da Platina, Victor Pereira Romano.

O técnico químico da Sanepar Marcos Aurélio Dvorak destaca que o sistema de lagoas e o TALF estão entre os melhores métodos de reaproveitamento de água nas estações de tratamento. “Reutilizamos uma água que já está dentro da estação de tratamento, o que é menos oneroso. Reduzimos o uso de equipamentos e deixamos de lançar de volta no rio a água resultante dos processos da ETA”, diz.

A obra toda compreende um reservatório de equalização, caixas divisoras de fluxos da água, três lagoas de estabilização, elevatória de recirculação, 672 metros de rede emissária de lodo, 672 metros de linha de recalque, instalações elétricas e mecânicas e automação do sistema. Juntas, as três lagoas têm capacidade de 3,6 milhões de litros.

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