Laboratório da UEL ajuda parceiros na recuperação ambiental

O Labre completa 20 anos em 2019 e é referência na recuperação de fundos de vales e outras ações em prol do meio ambiente. O papel do laboratório também é produzir conhecimento científico.

 
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14/10/2019 - 14:00
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O Laboratório de Biodiversidade e Recuperação de Ecossistemas (Labre) nasceu do viveiro de mudas da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Ao completar 20 anos em 2019, o Labre é referência na recuperação de fundos de vales e outras ações em prol do meio ambiente.

Também serve de campo de pesquisa para a iniciação científica, mestrado e doutorado, registrando mais de 50 estudantes em diferentes pesquisas que passaram pelo setor.

"A partir do viveiro de mudas, passamos a agregar pesquisas e a fomentar a formação de profissionais para atuar na restauração de ecossistemas degradados", afirma o professor José Marcelo Domingues Torezan, professor do Departamento de Biologia Animal e Vegetal, do Centro de Ciências Biológicas (CCB) e coordenador do Labre.

Ele lembra que o papel do laboratório é produzir conhecimento científico e auxiliar parceiros na recuperação ambiental.

PARCERIAS - Nos rankings de avaliação acadêmica, a universidade é avaliada, também, pela inserção social a partir de cooperações que firma com entidades. Nesse quesito, o Labre proporciona muitas parcerias com organizações não governamentais (ONGs), empresas públicas e privadas, além do Ministério Público (MP).

Torezan explica que o laboratório auxilia o MP na elaboração de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), aplicados a empresas que cometem infrações ambientais. O auxílio também prevê o acompanhamento da execução de ações previstas no TAC. "Atendemos muitas organizações, de forma pontual em projetos específicos".

A cooperação permanente do Labre, de acordo com o professor, é realizada com a ONG Meio Ambiente Equilibrado (MAE).

CAMINHO DAS ANTAS - Ele destaca o projeto Caminho das Antas, focado na anta, que tem um importante papel por ser um dispersor natural de sementes. A anta propaga plantas nativas a partir das fezes.

"Ela é uma espécie bandeira, importante e sensível. Quando se foca em uma espécie dessas, todo o meio ambiente ganha". Bandeira é a expressão usada para se referir a espécies que se tornam símbolos e alertam para outros problemas ambientais, sejam de outras espécies animais ou ecossistema.

Nesse sentido, a ação no Caminho das Antas passa por recuperar diferentes áreas de mata atlântica, além de planejar os espaços entre uma área e outra, criando os chamados corredores ecológicos.

"A anta vai de uma mata a outra, buscando recursos. Ela passa por plantações e propriedades rurais. O projeto de corredor ecológico é, no fundo, fazer a manutenção do meio ambiente", afirma Torezan.

PARCEIRO - Gustavo Góes, presidente da ONG MAE, destaca a parceria de longa data com o Labre, que contribui com assessoria técnica e fornecimento de mudas para a restauração de ambientes degradados.

Ele explica que a ONG oferece a empresas e, também a pessoas físicas, a compensação de carbono, gás de efeito estufa. A compensação é realizada com o plantio e manutenção de mudas de espécies nativas.

"Já desenvolvemos junto de empresas e do Labre a recuperação de área degradada dentro da Fazenda Escola da UEL, ligando a mata do horto ao Ribeirão Esperança. Foram mais de 20 mil mudas de árvores nativas que hoje formam um corredor ecológico, facilitando o fluxo da fauna e da flora", diz Góes.

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