A empresa Portos do Paraná recebeu nesta quarta-feira (19) uma comitiva do governo do Japão que está em busca de mais negócios no Brasil. O país já é o segundo maior comprador de produtos brasileiros em valor agregado via Porto de Paranaguá, mas pode aumentar essa participação no futuro.
Os japoneses querem diversificar ainda mais os fornecedores de produtos agrícolas e estão verificando de perto toda a cadeia produtiva e logística desde o campo até o embarque dos produtos rumo ao Oriente.
“Esse estreitamento comercial com outros países e com o Japão, em especial, é extremamente importante para os Portos do Paraná e mostra a nossa capacidade de atrair mais investimentos”, diz André Pioli, diretor de Relações Empresariais. De acordo com ele, a visita da comitiva foi muito positiva e deve gerar mais negócios para a cadeia produtiva. “Temos eficiência na nossa operação, temos segurança com todos os protocolos do ISPS Code e uma organização que chama a atenção”, destaca.
Se depender do Porto de Paranaguá, o comércio com o Japão tem tudo para aumentar. “É um porto muito organizado, a forma de operação é muito boa e a limpeza não vemos em outros portos”, afirma Daizo Matsubara, chefe do Escritório de Segurança Alimentar do Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas do Japão.
Segundo ele, a maior preocupação do seu país é a interrupção do fornecimento de alimentos por problemas de logística, como greves, por exemplo. “Queremos garantia da continuidade de fornecimento para podermos investir mais”, diz Matsubara.
André Pioli explicou que a operação é feita por empresas privadas, o sistema de programação e o Pátio de Triagem acabaram com as filas de caminhões e isso só faz aumentar a eficiência da empresa pública.
No Paraná, a comitiva (formada também pela vice-presidente da Associação Centro Social Ibaraki do Brasil, Izumi Honda, o consultor de cereais Heitor Hayashi e a intérprete Ana Kojima) fez visitas a cooperativas e empresas de logísticas para avaliar todo o cenário desde o campo até a viagem dos produtos até o Japão. Outra preocupação foi com a sustentabilidade e a conservação do meio ambiente na produção.
No ano passado, os três principais produtos importados pelo Japão via Paranaguá foram milho (1,9 milhão de toneladas ao custo de US$ 318 milhões), frango (164 mil toneladas, US$ 319 milhões) e farelo de soja (163 mil toneladas, US$ 51 milhões).
No ranking do Porto, o Japão só perde para a China em valores movimentados: US$ 5,8 bilhões contra US$ 745 milhões, à frente do Irã com US$ 737 milhões.