O Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-Pr vem intensificando a fiscalização de produtos que têm plugue incorporado, como os carregadores de celular. Em 2018 foram fiscalizados 49.354 itens em 860 estabelecimentos visitados, sendo que 4.393 apresentaram irregularidades. Em 2019, até o mês de setembro, foram fiscalizados 27.565 itens, com a apreensão de 3.128 conectores.
Os carregadores de celular comercializados no país devem seguir algumas regras que, uma vez observadas, podem colaborar com a segurança do cidadão e do seu patrimônio, evitando riscos de sobreaquecimento do aparelho celular, lentidão no carregamento e até possibilidade de incêndios ou queimaduras.
Um teste muito simples pode evitar riscos como os citados acima é testar a qualidade do produto. Utilizando um ímã, o consumidor pode observar se o plugue contém material ferroso em excesso, que é o responsável por esses problemas, colocando em perigo a segurança e o patrimônio do cidadão. O ímã não pode aderir aos pinos do carregador de celular, sendo o indicativo de irregularidade.
Os plugues apreendidos pelos agentes do Ipem-Pr, segundo relatou o gerente de Fiscalização do órgão, Roberto Tamari, em geral seguem o padrão de formato sextavado determinado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro.
“No entanto, o material foi apreendido porque trazia material ferroso nas partes e peças destinadas à condução de energia elétrica, o que é proibido segundo norma do Inmetro, porque esse material não conduz a energia de forma eficiente, o que provoca o superaquecimento, com risco de incêndio”, explica o gerente.
Segundo o presidente do Ipem-Pr, Rubico Camargo, apesar de esse produto estar isento da certificação do Inmetro, a fiscalização ocorre porque a ausência de material ferroso é um dos requisitos essenciais de segurança para produtos elétricos de baixa tensão.
“E isso consta em norma do Inmetro, e como o Ipem-PR realiza todos os serviços de competência do Instituto Nacional no Estado, fazemos esse trabalho em todo o território estadual, com a colaboração das nossas Regionais em Londrina, Maringá, Cascavel e Guarapuava, além da sede em Curitiba”, garante o presidente Rubico.
DICAS PARA O TESTE DA VERDADE - Para identificar se o carregador do celular segue padrões de segurança, o cidadão deve seguir algumas dicas:
1 – procurar o Selo da ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações, que identifica que aquele produto foi homologado por essa Agência;
2 – a embalagem do produto deve trazer informações em português, uma obrigatoriedade para todos os produtos importados também;
3 – faça o teste com um ímã (pode ser aquele usado na geladeira!), coloque nas pontas do carregador, se o ímã grudar significa que contém muito material ferroso. No país é proibido comercializar produtos elétricos que tenham material ferroso nas partes onde existe corrente elétrica. Se o imã não grudar é porque o material utilizado está correto;
4 – as fontes sem marca aparente e vendidos de forma ilegal devem ser sempre evitados;
5 – adquira em estabelecimentos comerciais e exija a nota fiscal do produto;
6 – ao comprar um carregador certifique-se de que é compatível com o modelo e marca do aparelho utilizado;
7 – evite o mau uso do carregador, o que pode reduzir as chances de acidentes. Na prática, proteja o cabo e troque se estiver quebrado; evite quedas acidentais e contato com líquidos, não deixar o carregador conectado à tomada quando não estiver sendo utilizado (crianças de até 2 anos podem colocar o conector na boca); e não manter o celular conectado ao carregador e à rede elétrica com a bateria carregada, porque em casos de falha no sistema que controla a carga da bateria, pode haver um sobreaquecimento do carregador e da bateria, aumentando o risco de acidente.
OUVIDORIA - O consumidor que desconfiar ou encontrar irregularidades pode recorrer ao serviço da Ouvidoria do IPEM-PR pelo telefone 0800 645 0102, de segunda a sexta, das 8 h às 12 h e 13 h às 17 h, ou enviar e-mail para: ouvidoria@ipem.pr.gov.br, ou acessar o site www.ipem.pr.gov.br, no link “Ouvidoria”, e relatar o seu caso.