O Programa de Apoio às Vocações Regionais Sustentáveis (VRS) investe na expertise de universidades estaduais para elaboração de pesquisas visando a promoção de produtos paranaenses. O VRS é desenvolvido pela Invest Paraná, com apoio de diversas instituições e secretarias do Governo do Estado, entre elas a Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
Nesta segunda-feira (27), a Invest Paraná firmou oficialmente convênios de parcerias com as universidades estaduais do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) e de Londrina (UEL). O trabalho em conjunto é realizado para a promoção comercial dos produtos da Mata Atlântica (no Litoral) e da erva-mate e pinhão (região Sudeste do Estado).
O VRS também está sendo implementado em Campo Mourão (Noroeste) em uma parceria com a Associação Comercial do município (Acicam), com foco na indústria de fabricação de equipamentos médicos, hospitalares, odontológicos e estéticos ali concentrada.
O objetivo do VRS é integrar produtos locais do Estado às cadeias de valor, de forma sustentável, fortalecendo relações sociais, culturais e ambientais. O trabalho já desenvolvido pelas duas universidades dentro desse objetivo foi apresentado ao vice-governador, Darci Piana.
De acordo com ele, oferecer condições de apresentar a produção paranaense ao mundo é fundamental para dar oportunidade, principalmente, aos filhos dos produtores rurais. “Essa parceria entre as universidades e a Invest Paraná, e a vontade do governador em ajudar essas regiões, é essencial para que aquilo que produzimos seja valorizado em outros locais”, disse.
O diretor de Desenvolvimento Econômico e Relações internacionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco, destaca que o VRS está cada vez ganhando mais corpo e que entra em uma segunda etapa com o apoio das universidades. “Resultado esse que envolve cada vez mais entidades em prol desse projeto que queremos colocar ao mundo. Essa é a nossa intenção: comercializar produtos do Paraná, com valor agregado, mundo afora”, destacou.
As universidades têm a oferecer o apoio de pesquisa e desenvolvimento, que são fundamentais. “O Paraná tem um grande patrimônio, que são suas sete universidades estaduais e nossa missão principal é fazer com que esse ativo tecnológico sirva a sociedade”, afirmou o superintendente da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona.
UNICENTRO – A Unicentro é a responsável pela implementação do programa na região do Litoral, nos municípios de Antonina, Guaraqueçaba e Morretes, o denominado VRS Mata Atlântica. O trabalho foi iniciado em 2021, pela Invest e parceiros, e já teve como resultado a 1ª oficina com produtores e operadores de turismo locais. A 2ª oficina está agendada para o próximo mês, com a reunião de diversos produtores das três cidades.
A ideia é unificar toda a produção e serviços turísticos desses três municípios dentro da marca “VRS Mata Atlântica”. A participação da Unicentro foi no desenvolvimento de pesquisas de mercado e de campo. O reitor da universidade, professor Fábio Hernandes, afirma que além de colocar em prática o que aprendem na sala de aula, os alunos envolvidos no programa tiveram uma vivência muito forte com outra cultura, que é a dos produtores rurais.
“São várias áreas interdisciplinares. O que eles viram, produziram e conversaram resultou em uma interação, não apenas de criar relatórios e aprenderem na prática, mas também de vivenciar as oportunidades, ameaçadas, pontos fortes e fracos. Eles se entusiasmaram em comentar sobre essa oportunidade”, disse.
UEL – Já a Universidade Estadual de Londrina entra em uma nova oportunidade do VRS, lançada recentemente. Ela é a responsável pela implementação do VRS das cadeias de Mate e Pinhão, na região do Sudeste do Estado, abrangendo 14 municípios paranaenses: Antônio Olinto, Bituruna, Cruz Machado, General Carneiro, Guarapuava, Inácio Martins, Paula Freitas, Paulo Frontin, Pinhão, Porto Vitória, São João do Triunfo, São Mateus do Sul, Turvo e União da Vitória.
“É a oportunidade da universidade fazer parte do cotidiano das pessoas, trazendo sua expertise para a sociedade. É a integração do conhecimento e da pesquisa, mas pensando na sociedade como um todo e fazendo cumprir seu papel social”, afirmou a coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Gestão Pública da UEL, Vera Lúcia Tieko Suguihiro.
COMERCIALIZAÇÃO – A UEL também tem um papel importante com um projeto-piloto que prevê apontar um modelo viável e sustentável para o turismo a partir da estruturação de estações Michi-no-Eki, iniciativa de origem japonesa, importado por meio da irmandade entre Paraná e a Província de Hyogo.
O objetivo é instalar nas 15 Regiões Turísticas do Estado estruturas à beira da estrada para recepção de viajantes e turistas, com a promoção dos produtos e do turismo local. As estações deverão se chamar Ponto Paraná.