Integrantes do Comitê Gestor do Projeto Smart Energy Paraná visitaram a usina solar flutuante da Sanepar, instalada na captação de água do Sistema Passaúna, em Curitiba. O Smart Energy é uma das ações do Programa Paranaense de Energias Renováveis, que tem foco no uso da geração de energia elétrica distribuída no Estado. Eles foram recebidos pelo gerente de Pesquisa e Inovação da Sanepar, Gustavo Possetti, e sua equipe. Luiz Henrique Novak e Maurício Bergamini Scheer, ambos engenheiros e pesquisadores da Sanepar, contribuíram com a exposição do projeto e de suas perspectivas de estudo.
Inaugurada no início de dezembro, a usina solar ocupa área de 1.200 m² sobre a represa do Passaúna, com 396 módulos fotovoltaicos de 330 watts de potência cada, os quais estão instalados sobre flutuadores. “Trata-se da primeira usina solar flutuante instalada por uma companhia de saneamento no Brasil. O projeto é uma de nossas iniciativas de inovação voltadas para a busca de soluções que promovam a sustentabilidade dos nossos negócios. A geração alternativa de energia elétrica é aderente às estratégias globais de desenvolvimento sustentável”, afirma Possetti.
Possetti explica ainda que a Sanepar, junto com seus parceiros estratégicos, estão avaliando aspectos que vão além da geração distribuída de energia elétrica. Segundo o gerente, acredita-se que a presença de placas fotovoltaicas sobre a lâmina de água nas represas gere benefícios associados com a qualidade e a quantidade da água para abastecimento público. “Isso porque a presença da usina deve inibir o desenvolvimento de algas e a evapotranspiração. A redução das emissões de gases indutores de efeito estufa e o aumento da eficiência de conversão das placas fotovoltaicas também são efeitos esperados com a instalação da usina solar flutuante”, esclarece.
Também serão executados estudos sobre a correlação do desempenho da usina com variáveis climatológicas, bem como sobre o método de ancoragem da usina. "É uma unidade de demonstração com escala apropriada para a realização de diversas pesquisas que subsidirão a Sanepar acerca das viabilidades técnica e econômica de expansão da iniciativa”, resume Possetti.
O presidente do Comitê Gestor do Smart Energy Paraná, Paulo Afonso Schmidt, considera importante conhecer in loco um projeto que pode trazer resultados para a busca de fontes de energia renováveis. “É um projeto aparentemente simples, mas bastante complexo, com diversas variáveis. Isso é de interesse da comunidade, do Paraná”, disse.
O diretor da Paraná Metrologia e integrante da Governança do Smart Energy, Celso Kloss, elogiou o ineditismo e o vanguardismo da iniciativa da Sanepar. “O projeto é uma inovação e, uma vez dando certo, poderá ser multiplicado, o que trará para o Paraná capacidade cada vez maior de inovar e de produzir energia elétrica através de fontes renováveis. Isso torna o Paraná cada vez mais líder em relação aos sistemas inteligentes e representa também a força e a capacidade do paranaense em inovar e empreender”.
Participaram da visita também representantes da SETI, Tecpar, Copel, Lactec, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Tecpar, Abiogas, Cibiogas e da Eletrosul.