A indústria paranaense cresceu 1,3% em fevereiro deste ano. O comparativo é com janeiro deste ano. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (8). No mesmo período, outros dez locais pesquisados pelo instituto apresentaram variação positiva. A média nacional ficou em 0,7%.
Com esse índice, o Paraná alcançou crescimento acumulado de 7,5% nos últimos doze meses. É um comparativo de março de 2021 a fevereiro de 2022 em relação a março de 2020 e fevereiro de 2021, intervalo entre a chegada e os primeiros picos da pandemia. Esse é o terceiro maior aumento do País, atrás apenas de Amazonas (8,9%) e Minas Gerais (8%). A média nacional nesse recorte é de 2,8%.
Setorialmente, os principais impactos positivos nesses doze meses foram produtos de madeira (20,5%), máquinas e equipamentos (44,8%), automóveis, reboques e carrocerias (28,6%) e produtos de minerais não-metálicos (8,9%). No mês, os principais motores foram fabricação de bebidas, veículos automotores e máquinas e equipamentos.
Na comparação com fevereiro de 2021, a indústria paranaense apresentou recuo de 0,9%, dentro da tendência nacional, que registrou redução de 4,3%. Oito dos 15 locais pesquisados tiveram taxas negativas. No acumulado do ano, o resultado estadual aponta recuo de 2,7%, ante queda de 5,8% na junção de todas as unidades federativas.
STATUS DA INDÚSTRIA – A indústria paranaense cresceu 9% em 2021, em franca retomada do período da crise provocada pela pandemia, com um dos maiores indicadores do Brasil. Atualmente a produção mantém certa estabilidade, impactada pelas instabilidades nos insumos e inflação (11,3% nos últimos doze meses), com impacto direto sobre os custos das empresas.
Antes da chegada do coronavírus, a indústria estadual crescia a taxas próximas de 5%, com forte influência da expansão produtiva da agroindústria, que, por sua vez, havia sido favorecida por uma safra agrícola recorde na temporada 2019/2020.
Segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a inflação, a política monetária, a dinâmica da dívida pública, o nível do endividamento familiar e empresarial e o comportamento do emprego e dos salários, entre outras questões nacionais, determinarão fortemente o desempenho da atividade manufatureira estadual neste ano. Esse cenário ainda pode sofrer impacto dos conflitos entre Rússia e Ucrânia. Mesmo assim, a projeção é de manutenção do crescimento do setor.
NACIONAL – A produção industrial nacional registrou alta em 11 dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal em fevereiro, após recuo de janeiro, ocasionado por férias coletivas, muito comuns para esse período do ano. O setor ainda permanece 2,6% abaixo do patamar de antes do início da pandemia. Também está 18,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Entre as atividades, as influências positivas em fevereiro vieram das indústrias extrativas e de produtos alimentícios.