O melhor semestre na geração de empregos no Paraná desde de 2011 foi puxado pela indústria. O setor respondeu por 35.321 (30%) das 118.316 vagas formais abertas no Estado no primeiro semestre de 2021. Tiveram bom desempenho também as divisões de comércio (23.299), informação (23.290), construção (15.311) e administração pública (12.129). Os dados levam em consideração o saldo de carteiras assinadas no período, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior atribui o bom desempenho a uma série de medidas adotadas pelo governo para impulsionar o setor econômico, bastante afetado pela crise sanitária decorrente da pandemia da Covid-19. Ele ressaltou que desde o começo da gestão, em 2019, foram confirmados mais de R$ 45 bilhões de investimentos privados no Estado. Muitos deles, citou, na instalação de novas plantas no Estado, como a Tirol em Ipiranga, nos Campos Gerais, ou a ampliação de sedes já instaladas no Paraná, como a fábrica de margarina da BRF, em Paranaguá, no Litoral.
“O Paraná vive um bom momento, fruto da união de todos os setores e da paz política que há mais de 30 anos não ocorria no Estado. Isso traz segurança para os empresários, que enxergam no Paraná um ótimo local para ampliar os seus negócios”, afirmou Ratinho Junior.
“Como consequência, geramos mais empregos em todas as regiões, com maior distribuição de renda. Vamos avançar mais. E mesmo diante das incertezas da pandemia, não tenho dúvida de que 2021 será um ano histórico para o Paraná”, acrescentou.
Ele ressaltou que a produção industrial paranaense teve crescimento de 20% entre janeiro e maio de 2021, na comparação com os primeiros cinco meses do ano passado, o quinto melhor resultado do País, de acordo com a última amostragem da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). No Brasil, a média de crescimento no período foi de 13,1%.
“O Paraná tem uma indústria forte e diversificada, que está contribuindo para o Estado superar a crise causada pela pandemia”, disse. “E a expansão da indústria impacta em todos os setores, puxa a geração de empregos e ajuda a desenvolver as cidades”, afirmou o governador.
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Chefe do Departamento do Trabalho e Estimulo à Geração de Renda da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Suelen Glinski destacou que o setor industrial disponibiliza empregos mais qualificados, com salários mais altos e exigência de mão de obra específica. Segundo ela, tem também impacto direto em outros pontos da cadeia produtiva, como as áreas de serviço, comércio, agricultura e pecuária, entre outros.
“A indústria exige mais. Ao produzir mais, compra mais matéria-prima, gera movimento e empregos em outros setores. É mais gente e mais dinheiro movimentando o comércio por exemplo”, disse.
ACUMULADO – O Estado acumula saldos positivos na geração de empregos ao longo de todo o ano de 2021. Os 118.316 postos formais abertos no semestre são a somatória dos meses de janeiro (25.105), fevereiro (41.453), março (10.600), abril (9.773), maio (15.527) e junho (15.858). Foram 752.694 admissões e 634.378 desligamentos. No mesmo período do ano passado, quando o impacto da pandemia de Covid-19 foi mais forte no setor produtivo, o Paraná fechou o semestre com saldo negativo de 49.708.
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Até então, o melhor desempenho do Estado no acumulado dos primeiros seis meses tinha sido em 2011, quando 93.085 postos foram abertos. Os números foram baixando gradualmente nos anos seguintes, até atingir saldo negativo de -16.512 vagas no primeiro semestre de 2016.
Entre os estados que lideraram a abertura de vagas, o Paraná ficou atrás apenas de São Paulo (491.021), Minas Gerais (185.578) e Santa Catarina (126.111) no período.
JUNHO – O Paraná também comemora o melhor mês de junho na criação de postos de trabalho desde 2011. Naquele ano, o número de vagas criadas foi bem inferior ao atual: 6.777. Após cinco anos com saldos negativos no mês, o Estado vem há três anos melhorando o desempenho. O saldo em junho de 2019 foi de 158 postos, passou para 2.829 em junho de 2020 e chegou às 15.884 neste ano.
No mês passado, apenas São Paulo (105.547), Minas Gerais (32.818) e Rio de Janeiro (16.002) ficaram à frente do Paraná.
MUNICÍPIOS – Dos 399 municípios paranaenses, 367 (92%) tiveram saldo positivo na abertura de vagas no semestre. Em três deles – Arapuã, Espigão Alto do Iguaçu e Santo Antônio do Paraíso – o número de contratações foi o mesmo das demissões, e apenas 29 (7,2%) fecharam os primeiros seis meses do ano com saldo negativo.
As 10 cidades paranaenses que lideraram a criação de empregos formais no período foram Curitiba (27.187), Cascavel (6.002), Maringá (5.398), Londrina (4.751), São José dos Pinhais (3.830), Toledo (3.392), Pato Branco (1.999), Ponta Grossa (1.867), Umuarama (1.736) e Cambé (1.715).
“Temos de agradecer a confiança das empresas paranaenses. O governo não tem medido esforços para atrair investimentos ao Paraná”, comentou o secretário de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost.
Veja como ficou a geração de empregos no primeiro semestre de 2021 em diferentes setores no Estado:
ALTAS
Indústria geral – 35.321
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas – 23.299
Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas – 23.290
Construção – 15.311
Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde e serviços sociais – 12.129
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura – 4.807
Transporte, armazenagem e correio – 4.541
Outras atividades de serviços – 1.550
Serviços domésticos – 12
BAIXAS
Artes, cultura, esporte e recreação – -121
Alojamento e alimentação – -913