Indústria do Paraná mantém o melhor desempenho do Brasil

Nos onze primeiros meses de 2019 o aumento foi 5,4% - o maior para o período desde 2011. Crescimento foi puxado pela fabricação de máquinas e equipamentos, produtos alimentícios e veículos automotores. Desempenho da indústria nacional foi negativo, com recuo de 1,1%.
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14/01/2020 - 13:20

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O Paraná encerrou os onze primeiros meses de 2019 com 5,4% de crescimento na produção industrial. É o maior índice do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas oito dos quinze locais pesquisados registraram variação positiva entre janeiro e novembro, e o balanço nacional aponta recuo de -1,1% no período.

O resultado da indústria do Paraná, até novembro do ano passado, também é o maior desse recorte desde 2011. Entre 2012 e 2018 foram quatro resultados negativos - o mais expressivo deles em 2015, no auge da crise econômica, com queda de -8,3%.

O crescimento industrial paranaense em 2019 foi puxado pela fabricação de produtos de metal (4,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,2%), máquinas e equipamentos (12,7%), produtos alimentícios (6,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (27%). Os dois últimos segmentos tiveram o melhor resultado do País.

Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o desempenho industrial representa um sinal da confiança do setor empresarial em um novo ciclo de crescimento do Paraná e resulta da capacidade técnica e de pessoal da indústria paranaense. “É um número que mostra a força econômica do Paraná, e contrasta com o momento de baixa no Brasil”, afirmou.

PERSPECTIVA - O governador destacou, ainda, a atração de R$ 23 bilhões em projetos privados para o Estado em 2019, o que tende a aumentar o volume da produção industrial nos próximos anos. “Para manter esse ritmo econômico há um esforço de todo o Governo do Estado em atrair investimentos, gerar empregos, aumentar a nossa força produtiva”, acrescentou Ratinho Junior. “No ano passado, concentramos esforços para que a máquina pública trabalhe com mais agilidade para induzir o crescimento econômico”.

OUTROS DADOS – O Paraná também lidera o ranking brasileiro na taxa anualizada da produção da indústria. Nos últimos doze meses (até novembro de 2019) o crescimento paranaense foi de 5%. Na sequência estão Goiás (3,1%), Rio Grande do Sul (2,6%), Santa Catarina (2,3%) e Amazonas (2,2%). O desempenho nacional, também nesse indicador, ficou negativa em -1,3%.

Na comparação entre novembro de 2019 e novembro de 2018, o setor industrial nacional mostrou redução de -1,7%, com dez dos quinze locais pesquisados apontando resultados negativos. Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Pará, Bahia e São Paulo registraram taxas negativas nesse índice.

O pesquisador Daniel Nojima, diretor de Estatística do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), aponta que os resultados do Estado em novembro passado foram influenciados por recuos nas indústrias de combustíveis, de madeira e de celulose.

“A indústria petroquímica teve um recuo de mais de 30% em relação a 2018, e as indústrias de madeira e papel e celulose registraram pequenas variações negativas. Esses percalços pontuais puxaram o índice mensal para baixo”, afirmou. “Entretanto, as indústrias de máquinas e equipamentos, automobilística e de alimentos continuam com trajetórias ascendentes, o que indica boas perspectivas de fechamento de resultados do conjunto da indústria do Estado em 2019”.

PIB INDUSTRIAL – O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria paranaense cresceu 2,3% no acumulado dos três primeiros trimestres de 2019, segundo Ipardes. Também houve crescimento de 1,89% no 3º trimestre na comparação com o mesmo período de 2018. A projeção do instituto para o PIB estadual de 2019, com todos os setores econômicos, é de crescimento de 0,7%.

ATIVIDADE ECONÔMICA – De acordo com boletim elaborado pela Secretaria de Estado da Fazenda, a atividade econômica no Paraná segue em alta, mesmo diante de percalços mensais, com crescimento de 2,45% nos últimos 12 meses (até outubro de 2019), conforme o Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central. Acesse o boletim completo.

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