Índice de Preços ao Consumidor de Curitiba foi de 0,83% em abril

Valor é superior às altas dos meses de fevereiro e março. É também a maior taxa para o mês desde o ano de 2016.
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10/05/2019 - 15:26
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Em abril, a cesta de produtos e serviços que compõem o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município de Curitiba, apurado pelo Ipardes, apresentou aumento de 0,83%. Esse valor foi superior às altas dos meses de fevereiro (0,28%) e de março (0,15%). Foi a maior taxa para o mês desde o ano de 2016. Essa tendência se refletiu nas quatro apurações quadrissemanais do mês de abril, que apresentou leve decréscimo somente na segunda quadrissemana.

ACUMULADO - Com essa trajetória recente, o índice acumulado nos últimos 12 meses exibiu taxa de 4,40%, a maior para o mês de abril desde o ano 2016. Já, o índice acumulado entre janeiro e abril está em 0,85%.

REAJUSTES - O consequente desempenho global do IPC nesse mês foi impulsionado pelos reajustes que atingiram os nove grupos de despesas, com destaque para Transporte e Despesas Pessoais, que, somados, foram responsáveis, em pontos percentuais, por mais de 53% do índice geral.

O grupo Transporte, que havia apresentado situação relativamente estável no mês de março, ao variar 0,02%, foi fortemente impactado em abril ao sofrer acréscimo de 0,82%, exercendo, assim, a principal contribuição para o resultado do IPC, com 0,2422 ponto percentual (p.p.). Os destaques foram as altas de 2,74% em gasolina comum, 14,08% em passagem aérea, 1,82% em motocicleta zero km, 5,23% em seguro voluntário de veículo e 0,50% em automóvel nacional zero km. Em situação distinta, foram constatados decréscimos de 0,13% em automóvel nacional usado, 2,81% em tarifa de ônibus interestadual e 0,89% em IPVA.

Em contraste com o decréscimo de 1,11% do mês anterior, o grupo Despesas Pessoais avançou 2,21% na apuração atual. Esse comportamento resultou na influência de 0,2027 p.p. sobre o índice geral. Nesse grupo foram registrados aumentos de 3,52% em empregada doméstica; 3,74% em pacotes turísticos nacionais e 17,09% em pacotes turísticos internacionais. Por sua vez, ingresso para casa noturna variou -3,97%.

Na sequência, mantendo tendência de alta pelo terceiro mês seguido, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais exibiu acréscimo de 1,17% contra 0,33% do mês anterior. Dentre os itens mais relevantes para essa aceleração estiveram as altas em antibiótico e anti-infeccioso (8,38%), remédio redutor de colesterol e triglicerídeos (7,30%), remédio para o sistema nervoso (2,77%) e anti-hipertensivo (3,20%).

Em situação similar, ou seja, com três altas consecutivas, encontrou-se o grupo Vestuário que sofreu, em abril, reajuste médio de 1,75% frente ao resultado de 0,51% do mês de março. Impactaram sobre o segmento, por um lado, os aumentos de 8,26% em sapato e bota femininos, 6,82% em camisa masculina e 5,06% em blusa e camisa femininas. Por outro lado, ocorreram quedas em sapato e botas masculinos (-2,59%), tecidos (-4,85%) e calça comprida masculina (-1,26%).

O grupo Alimentos e Bebidas, que da mesma forma vem apresentando reajustes repetidos desde o mês de fevereiro, exibiu, na pesquisa atual aumento de 0,52% contra a alta de 0,82% ocorrida no mês de março. Para esse resultado foram preponderantes os aumentos de preços em tomate (22,68%), batata-inglesa (17,36%), costela bovina (2,82%), frango (6,61%), banana caturra (7,12%) e cebola (9,73%). No outro extremo, ocorreram declínios em almoço e jantar fora de casa (-0,61%), alface (-17,10%), feijão-preto (-7,47%), maçã (-8,80%) e mamão (-8,88%).

O grupo Artigos de Residência apresentou incremento de 0,32% em abril ante o índice de 0,28% em março, sobressaindo-se os aumentos de 11,21% e 8,56% em conserto de geladeira e conserto de máquina de lavar roupa, respectivamente. No grupo Habitação, que exibiu variação de 0,10% tanto em abril quanto em março o principal destaque foi o reajuste de 0,39% em aluguel residencial.

A taxa do grupo Comunicação foi de 0,18% na apuração de abril, valor levemente inferior ao índice de 0,21% ocorrido em março, destacando-se por um lado, a alta de 0,70% em serviço de telefone fixo residencial e, por outro, pela moderação em mensalidade de tv por assinatura (-1,66%). O grupo Educação evoluiu 0,15%, mantendo-se relativamente estável no cotejo com o resultado de 0,13% observado no mês de março.

Confira tabela com as variações por produtos AQUI