O antigo necrotério do Centro de Curitiba abriu as portas para uma visita guiada na noite desta quinta-feira (15). A iniciativa foi da Polícia Científica do Paraná (PCP), com o objetivo de valorizar e divulgar o acervo de objetos que permaneceram no local após a transferência do Instituto Médico Legal (IML) para o bairro Tarumã em 2018.
Pela primeira vez, desde a inauguração do IML de Curitiba em 1975, o público teve a oportunidade de observar o local a partir de um ponto de vista histórico.
O circuito de visitação teve mediação da diretora do Museu e perita, Fabíola Schutzenberger Machado, que conduziu o público.
“Para nós, do Museu de Ciências Forenses, é um privilégio poder abrir este espaço, que é um lugar único e que guarda tanta história da cidade de Curitiba. Esta visita foi um momento para refletirmos sobre as pessoas que já passaram por aqui, sobre toda a história que já aconteceu nestas salas e também para que a população tivesse a oportunidade de conhecer um lugar tão singular como um necrotério”, disse.
Durante o circuito, os participantes tiveram acesso às antigas salas de necropsia, onde permanecem conservadas as geladeiras e as mesas de autópsia, e puderam entender como acontecia o trabalho dos peritos, quais os procedimentos eram adotados para receber os corpos e identificá-los.
Além do mobiliário próprio do necrotério, fotos do IML ainda em funcionamento foram exibidas nas paredes das salas para mostrar como era a organização original do espaço. Os participantes também puderam consultar uma linha do tempo que conta a história do trabalho pericial em Curitiba e observar um esqueleto real na antiga sala de análises de antropologia forense.
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Esta foi a primeira visita guiada no antigo IML de Curitiba. Por conta do grande interesse do público em participar, a Polícia Científica planeja promover a ação com regularidade e pretende divulgar novas datas para os primeiros meses de 2023.
Atualmente, o complexo do necrotério faz parte do Museu Paranaense de Ciências Forenses, que tem sede no bairro Tarumã e abriga um amplo acervo com documentos históricos e peças anatômicas. Com os cuidados do Museu, a Polícia Científica espera garantir a conservação das peças do antigo necrotério para proporcionar mais visitações ao público interessado.