Um ano após a inauguração, a Pequena Central Hidrelétrica Bela Vista apresenta resultados expressivos – a produção de energia acumulada desde o início da operação ultrapassa 146 mil Megawatts-hora (MWh). Em 2021, foram 44 mil MWh, o suficiente para abastecer uma cidade com cerca 10 mil unidades consumidoras, como Realeza ou Siqueira Campos, no Paraná. Este ano, até o momento, já gerou mais de 102 MWh, equivalente ao consumo de cidades do porte de Medianeira ou Palotina, que têm cerca de 20 mil unidades consumidoras cada.
A PCH Bela Vista está instalada no Rio Chopim, entre os municípios de Verê e São João, no Sudoeste. A usina possui 29,81 MW de potência instalada, sendo 29,322 MW nas três unidades geradoras da casa de força principal e 0,488 MW na unidade instalada na casa de força complementar, que fica junto à barragem e gera energia aproveitando a vazão mínima de água que escoa de forma permanente no trecho abaixo do barramento, mantendo a condição ambiental adequada do rio.
“Essa usina vem apresentando ótimo desempenho, com uma taxa de disponibilidade alta, comparável à das grandes usinas, acima de 90%. A disponibilidade é o principal indicador de qualidade que o setor usa e refere-se ao percentual do tempo durante o qual as unidades geradoras permanecem disponíveis para operação”, explica o diretor-geral da Copel Geração e Transmissão, Moacir Carlos Bertol.
A PCH, assim como as outras usinas da empresa, é comandada a distância, em tempo real, a partir do Centro de Operação de Geração e Transmissão da Copel, localizado em Curitiba. Na usina, atualmente trabalham sete pessoas para operação local quando necessária e manutenção da instalação.
A energia gerada na hidrelétrica é levada até a subestação existente em Dois Vizinhos através de uma linha de distribuição em alta-tensão (138 mil volts), com 18 km, que passa por Verê e São Jorge D’Oeste. Em Dois Vizinhos, é feita a conexão com o sistema interligado nacional e a energia é transportada até os pontos de consumo.
O empreendimento possui um reservatório com apenas 2,66 quilômetros quadrados. A área de floresta adquirida e recuperada pela empresa para ser preservada na região é bem maior do que o reservatório. Chega a 3,3 quilômetros quadrados, criando um corredor ecológico para abrigar animais silvestres.
Para recuperar áreas antes degradadas, foram plantadas 79 mil mudas nas margens do reservatório e instalados quase 26 mil metros de cercas para isolar e proteger a Área de Preservação Permanente (APP).
Além disso, foram executados diversos programas de proteção à fauna, flora, patrimônio arqueológico e monitoramento de condições ambientais. Muitos deles continuam sendo realizados durante a operação da PCH.