O Polo de Pesquisa Paranavaí do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) serviu de modelo para um projeto de energias renováveis que foi idealizado por servidores da entidade. Claudemir da Silva Rodrigues e Paulo Alexandre Correa são técnicos da área de engenharia e manutenção e trabalham em Londrina. Eles fizeram o projeto e instalaram 17 placas solares para geração própria de energia na sede do Noroeste.
O investimento total nas placas foi de R$ 25 mil. Como a mão de obra foi da equipe coordenada pelos técnicos, a economia chegou a 50%. De acordo com Paulo, as placas instaladas em Paranavaí devem atender todo o gasto de energia da unidade.
“As placas devem gerar cerca de 1.500 kW por mês, o que atende 100% do gasto do prédio onde foram instaladas, que gasta cerca de 800 kw por mês. O saldo devemos repassar para as outras unidades”, afirma.
Claudemir conta que a equipe idealizou este projeto por três ou quatro anos e fizeram testes de instalações na sede de Londrina para obterem conhecimento e prática necessários. “Instalamos um kit de placas em Londrina primeiro, e depois que tivemos segurança escolhemos Paranavaí pela incidência solar e por ser um local próximo”, afirma. “Mas nossa ideia é expandir o projeto para outras unidades do IDR. Já temos previsão para instalarmos 22 placas em Maringá no início do próximo ano”.
Segundo os técnicos, a próxima instalação terá um investimento de R$ 32 mil e deve servir como uma usina para distribuição de energia para outras sedes.
TRANSFORMAÇÃO ENERGÉTICA – O IDR-Paraná também oferece subsídios para que o produtor rural possa investir em energias renováveis através do programa RenovaPR. Lançado em agosto de 2021, o programa, que facilita a instalação de sistemas de energia fotovoltaica e biogás/biometano para agricultores, já conta com 5.389 projetos acatados pelo IDR-Paraná, o que representa uma soma de investimentos em andamento que ultrapassa R$ 1 bilhão, mobilizados com o apoio do Banco do Agricultor Paranaense.
Para o coordenador estadual do RenovaPR, Herlon Goelzer de Almeida, o programa alcançou este alto investimento porque o impacto da energia nos custos de produção faz com que os agricultores procurem alternativas de geração própria. “O RenovaPR estimula que tanto o agricultor quanto cooperativas e agroindústrias invistam na geração da sua própria energia. E para isso concedemos subsídios nos juros. Estamos fazendo o nosso papel para a transformação energética do campo”, afirma.