Mesmo fechados para visitação pública, os Parques Estaduais da Serra do Mara e da Região Metropolitana de Curitiba são fiscalizados continuamente pelo Instituto Água e Terra (IAT). O objetivo é coibir irregularidades e identificar focos de incêndios. O IAT é um órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo.
Nesta quarta-feira (30), a fiscalização contou com o apoio da aeronave Falcão 03 do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e do Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde (BPAmb).
Foram sobrevoadas as montanhas dos Parques Estaduais Serra da Baitaca, Pico do Paraná e das Laucáreas. De acordo com o chefe do Escritório Regional de Curitiba do IAT, Luiz Fornazzari Neto, o principal objetivo foi identificar crimes ambientais e possíveis focos de incêndios que podem ser causados pelo clima seco.
“São áreas de difícil acesso por terra. Sobrevoar o local permite identificar a extensão de áreas desmatadas ou com focos de incêndios e fiscalizar possíveis crimes ambientais”, disse. Nenhum foco de incêndio foi identificado nas unidades nesta quarta-feira.
“O IAT faz fiscalizações constantes nas Unidades de Conservação, tanto de forma terrestre, com apoio do Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde, quanto aérea, com o apoio da aeronave do BPMOA”.
PARQUES – Os Parques Estaduais Pico Paraná, Pico do Marumbi, Serra da Baitaca e Ibicatu, na Região Metropolitana de Curitiba, estão fechados para visitação pública desde o dia 18 de setembro, de acordo com a Portaria IAT nº 269/2020.
Os principais motivos para manter os parques fechados são a crise hídrica e os incêndios que podem ocorrer pelo clima seco ou por intervenção humana de turistas que desconhecem as regras dos espaços.
Mesmo após apagadas, as fogueiras acendidas clandestinamente mantêm o calor no local, tornando a área um potencial foco de incêndio. Com o tempo seco e os ventos, estes fogos se proliferam rapidamente, o que dificulta o controle da queimada e prejudica uma grande área de preservação ambiental.
CORONAVÍRUS - A pandemia também levou a criação de normativas nos Parques Estaduais para evitar o contágio do vírus entre visitantes e funcionários.
A superlotação nos finais de semana, aglomeração nas filas, uso incorreto das máscaras e o descarte de lixo nas unidades também foram motivos para a decisão de fechamento das Unidades de Conservação.
Visitantes flagrados no interior dos espaços estão sujeitos a advertências e multa no valor mínimo de R$1.500, de acordo com o Decreto Federal nº 6.514/2008, Artigo 92.
Os proprietários de terrenos próximos às unidades que facilitarem ou induzirem o acesso de pessoas não autorizadas também receberão penalidades por crime ambiental.