IAT reabilita filhotes de
gambás para soltura no Litoral

Os animais foram acolhidos pelo IAT em setembro e passaram por cuidados veterinários para serem liberados ao habitat natural.
Publicação
23/10/2020 - 15:00

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Três filhotes da espécie Didelphis albiventris, conhecido popularmente como gambá-de-orelha-branca, foram acolhidos no mês passado pelo Escritório Regional do Instituto Água e Terra (IAT) no Litoral. Os filhotes passaram por cuidados veterinários, foram alimentados e preparados para a soltura no meio ambiente, nesta sexta-feira (23). O IAT é um órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest).

O Instituto recebeu os filhotes dos moradores do Litoral que os encontraram já sem a mãe. Tinham 14 centímetros de comprimento e cada um pesava cerca de 200 gramas. A partir desses dados, de acordo com a bióloga do IAT, Fernanda Felisbino, a idade deles foi estimada entre 11 e 12 semanas de vida na data de acolhimento.

A devolução dos animais ao habitat natural se baseia no Boletim Técnico sobre Cuidados, Reabilitação e Soltura de Gambás da Associação Brasileira de Animais Selvagens (Abravas). De acordo com o documento, estão aptos à reintrodução ao meio ambiente filhotes com, no mínimo, 13 a 14 semanas de vida, com cerca de 18 centímetros e 400 gramas.

IMPORTÂNCIA - Os gambás, assim como todas as espécies nativas, são importantes reguladores do ecossistema de uma região. Atuam como controladores de pragas e zoonoses – doenças que podem ser transmitidas aos seres humanos por meio de animais.

Dentro da alimentação dos gambás, estão carrapatos, por exemplo, que são vetores de transmissão do tifo – grupo de doenças infetocontagiosas.

“Além dos carrapatos, eles possuem um sistema imunológico muito forte a alguns venenos de animais peçonhentos. Portanto, também podem se alimentar de espécies de cobras e sapos perigosos aos humanos”, afirma Fernanda Felisbino.

ORIENTAÇÃO – Ao encontrar filhotes nessa fase de vida em ambiente natural, é recomendado não tocar nos animais. Não é preciso realizar a captura e o resguardo dos animais, pois eles já são independentes.

Apenas filhotes com menos de 18 centímetros de tamanho corporal, sob risco de vida e órfãos, devem ser encaminhados ao Escritório Regional do Instituto Água e Terra mais próximo.

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