O Instituto Água e Terra (IAT) promoveu neste fim de semana um mutirão de conservação no Parque Estadual da Serra da Baitaca, espaço ambiental localizado entre os municípios de Piraquara e Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação ocorreu no sábado (20) e domingo (21) e contou com a participação de 33 estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
A campanha faz parte do projeto comunitário dos acadêmicos, iniciativa desenvolvida pela instituição com todos os alunos da graduação, dentro da grade curricular. A iniciativa contou também com o apoio voluntário do 27º Batalhão Logístico do Exército, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), além de pessoas sem vínculos com instituições.
Por 12 horas, divididas em sessões diárias, o grupo atuou no melhoramento do trecho inicial da trilha de acesso ao Morro Pão de Loth, um dos principais pontos do complexo. O projeto será desenvolvido ao longo do ano, com incursões de dois dias por mês, sempre aos sábados e domingos.
“Podemos destacar a importância das Unidades de Conservação, em especial a relevância histórico-cultural-ambiental do Parque Estadual da Serra da Baitaca e os impactos que a visitação pública pode causar. Buscamos também desenvolver consciência ambiental nos acadêmicos, estimulando a proatividade através de experiências e práticas na execução das atividades”, afirma a bióloga e chefe do Parque Estadual da Serra da Baitaca, Marina Rampim.
“Esse projeto é muito importante e nos ajuda a dar mais visibilidade ao parque. Há muitas atividades que podem ser realizadas, por isso queremos atrair outros projetos para serem desenvolvidos na Baitaca e em outros parques do Paraná”, acrescenta.
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COMPLEXO – O Parque Estadual da Serra da Baitaca abrange uma área total de 3.053,21 hectares nos municípios de Quatro Barras (83%) e Piraquara (17%), na Região Metropolitana de Curitiba.
O complexo tem como funções conservar uma amostra do bioma Floresta Ombrófila Densa (FOD), incluídas as formações Floresta Ombrófila Densa Montana (FODM), Floresta Ombrófila Densa Altomontana (FODAM), a fauna, o solo e as águas interiores; e promover atividades que não provoquem nenhuma alteração no ecossistema, dando sustentabilidade à conservação.
A origem do seu nome tem base em sua localização, numa das formações precursoras das elevações montanhosas e no maior conjunto montanhoso que compõem a Serra do Mar, a Serra da Baitaca. Esta teve seu nome originado da palavra tupi-guarani “mbaetaca”, que designa uma espécie de papagaio (Pionus maximilani), comum na região.
Além do Morro Pão de Loth, os principais atrativos do parque são o Caminho do Itupava e o Morro do Anhangav que, com seus 1.420 metros de altitude, é o local mais importante para a escalada em rocha no Paraná.