O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, finalizou nesta semana mais uma força-tarefa de fiscalização contra a pesca ilegal. A ação foi realizada nos rios Ivaí, Paraná e Piquiri, e faz parte das ações programadas para a temporada de verão 2020/2021.
Foram apreendidos 58 equipamentos e mais de 1400 metros de rede. O gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Alvaro Cesar de Góes, informa que durante a temporada de verão, o IAT irá realizar diversas ações de fiscalização no Interior do Estado.
“O objetivo é coibir possíveis práticas ilegais que possam ocorrer até o final do mês de fevereiro de 2021, data que em termina o período de piracema em todos os rios do Paraná”, disse.
PIRACEMA – Desde o dia 1º de novembro, é proibida a pesca predatória de espécies nativas em toda a bacia hidrográfica do Rio Paraná. A restrição é instruída pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibama), pela Instrução Normativa nº 25/2009, e acontece há mais de 15 anos.
A determinação protege todas as espécies nativas do Estado no período em que a maioria delas se reproduz. Fazem parte desse grupo o bagre, dourado, jaú, pintado e o lambari.
A proibição compreende todo o Rio Paraná, seus formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água inseridas na bacia de contribuição do rio.
FORÇA-TAREFA - Ao todo, 11 agentes fiscais dos Escritórios Regionais do IAT em Cianorte, Foz do Iguaçu, Maringá, Toledo e Umuarama percorreram trechos em embarcações e por terra ao longo dos rios Ivaí, Paraná e Piquiri.
A força-tarefa foi realizada desde o município de Tapira, abrangendo também Douradina, Ivaté, Icaraíma, Alto Paraíso e Altônia (Noroeste), até Guaíra, no Oeste do Estado.
O coordenador da ação e chefe do Escritório Regional de Maringá, Antonio Carlos Cavalheiro Moreto, explica que durante quatro dias foram localizados e retirados boa quantidade de materiais armados de pesca predatória como redes, espinhel e Anzóis de Galho.
“Nas redes, foram encontrados apenas dois peixes vivos que foram devolvidos aos rios para que consigam concluir sua reprodução. Quando encontramos peixes que não estão aptos à soltura, eles são doados a entidades filantrópicas para que sirvam de alimentos, o que não foi o caso dessa fiscalização”, afirmou.
Dos materiais, os que não puderem ser encaminhados à reciclagem, como molinetes e carretilhas, também são doados para serem convertidos em renda a entidades filantrópicas.
Entre os equipamentos de pesca apreendidos na fiscalização, estão 12 cordas de espinhel com aproximadamente 800 metros comprimento ao todo, cerca de 1.460 metros de redes de diversas malhas armadas, 20 anzóis de Galho, 13 molinetes, carretilha e caniço, dois covos, uma tarrafa, e dez boias loucas.
Foram lavrados cinco termos de apreensão como ignorado, ou seja, materiais apreendidos por estarem armados nos rios ou que foram abandonados pelos infratores com a chegada da fiscalização