O Hospital de Dermatologia Sanitária (HDSPR) promoveu nesta segunda-feira (16) o 1º Simpósio de Feridas, reunindo profissionais de saúde e interessados na área para motivar a troca de informações. O objetivo é compartilhar conhecimentos na área, orientar a prevenção e integrar serviços com outros níveis na Rede de Atenção de Saúde do Estado do Paraná.
“O Hospital de Dermatologia é um exemplo notável de qualidade, resolutividade e humanização no tratamento, que deixou de realizar internamentos hospitalares e assumiu um caráter ambulatorial, ofertando atendimento em especialidades que vão de dermatologia à cardiologia e psicologia”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Localizado em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o HDSPR desempenha um papel de referência para 44 municípios, atendendo uma população significativa. No caso da hanseníase, o hospital, que é gerido pela Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas), se consolidou como uma das principais unidades de tratamento dermatológico do Paraná, ofertando atendimento especializado desde 1926.
Um dos principais temas da conferência foi a hanseníase, uma doença silenciosa, cujo período de incubação é longo e pode levar até 10 anos para se manifestar. Entre os primeiros sintomas estão as manchas pelo corpo com alteração ou perda de sensibilidade local, fraqueza e dores nas articulações de braços, pernas, mãos e pés, nódulos e ressecamento da pele. A doença tem alto poder incapacitante, trazendo estigma e discriminação às pessoas acometidas.
Segundo o secretário, a hanseníase possui um grande capítulo na história da saúde pública e, durante muitos anos, os pacientes que possuíam um quadro positivo para a doença eram isolados como forma de tratamento. “Por isso, mais do que reforçar o combate à doença e a importância do diagnóstico precoce, é preciso estimular o diálogo, a fim também de combater o preconceito”, afirmou.
AMBULATÓRIO - Uma das conquistas mais recentes do HDSPR foi a inauguração do Ambulatório de Feridas em setembro de 2021. Dedicado ao tratamento de feridas e estomaterapia, ele é resposta a uma demanda assistencial complexa e específica no Estado. Em média, são realizados cerca de 2.200 curativos por mês, atendendo pacientes com uma gama variada de necessidades.
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Para o diretor-presidente da Funeas, Marcello Machado, a unidade tem destaque também pela humanização do atendimento. “Essa unidade possui uma importância estratégica de grande valor ao Estado, tanto pela sua história quanto pela renovação que conquistamos nesta gestão”, disse. “Nossa prioridade é garantir que a qualidade dos serviços aqui oferecidos possa até mesmo avançar, sempre considerando o melhor aos pacientes”, ressaltou.