As equipes multiprofissionais das 23 unidades do Centro de Hematologia do Paraná (Hemepar) participaram nesta terça-feira, 17 de abril, Dia Mundial da Hemofilia, de uma capacitação para aperfeiçoar o atendimento a pacientes portadores da doença hemorrágica, que compromete a qualidade de vida e pode chegar a casos graves. A capacitação foi em Curitiba e reuniu cerca de 50 profissionais entre hematologistas, médicos, farmacêuticos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e fisioterapeutas.
O diretor da secretaria estadual da Saúde, César Neves, explicou que a capacitação visou aprimorar e padronizar o atendimento aos pacientes hemofílicos. “Além disso, o encontro promoveu a troca de experiências com vistas a manter a qualidade na prestação de serviço”, explicou.
A hemofilia é uma condição hereditária rara, que se manifesta por um distúrbio na coagulação do sangue, ou seja, o paciente tem maior facilidade para sangrar por falta algum tipo de fator de coagulação responsável por estancar um sangramento. Isso pode ocorrer com maior frequência nos joelhos, cotovelos, tornozelos e também nas articulações e músculos.
A doença pode ser de forma grave ou moderada e os sangramentos acontecem espontaneamente. Em geral, são sangramentos intramusculares e intra-articulares que primeiro desgastam as cartilagens e depois provocam lesões ósseas. Os principais sintomas são dor forte, aumento da temperatura e restrição de movimento.
O tratamento da doença é ofertado de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento, que consiste na reposição intravenosa do fator deficiente, pode chegar a custar R$ 35 mil a dose. “Quanto antes o paciente for diagnosticado e iniciar o tratamento, melhor será a sua condição, pois as articulações são preservadas e isso faz com que não existam sequelas como a degeneração articular, promovendo uma vida mais saudável”, disse a diretora do Hemepar, Liana Andrade Labres de Souza.