A modernização e o fortalecimento da cadeia de produção cafeeira paranaense foram o tema central do 28º Encontro Estadual de Cafeicultores, que reuniu cerca de 300 participantes no Parque de Exposições Ney Braga na manhã desta quinta-feira (7).
O Paraná é o 5º no ranking nacional de produção de café arábica. Os municípios com maior VBP (Valor Bruto de Produção) são Carlópolis, Pinhalão, Ibaiti, Tomazina e Apucarana. A produção ocupa 34 mil hectares e gera 58 mil toneladas/ano.
Para este ano, estima-se que sejam produzidas aproximadamente 560 mil sacas de café, uma perda de 36% na produção do ciclo 21/22 em relação à safra passada, quando foram produzidas 880 mil sacas.
“O Paraná, que um dia foi um mar de café, hoje está num tamanho pequeno, tentando crescer, mas distinguindo-se pelo padrão de qualidade. Esse é um grande diferencial e que temos que apostar cada vez mais”, disse o secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, na abertura do evento.
“Além de uma cultura histórica, o café proporciona densidade de renda e qualidade de vida no campo. Temos um projeto com as Mulheres do Café e estamos apoiando os produtores com conhecimento técnico para o seu crescimento”, apontou o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza. "É parte importante do Estado e da tradição do agronegócio".
O agrônomo Luiz Roberto Saldanha ministrou uma palestra sobre as perspectivas do mercado brasileiro e internacional do produto. “O Paraná é um berço de cafés de qualidade, uma região que tem tudo para voar. Temos solo, temperatura, tradição, cultivo equilibrado e estamos nos tornando cada vez mais exigentes“, disse.
CONCURSO – Um dos elos da cadeia no Estado é o concurso Café Qualidade Paraná. No evento, foram entregues aos patrocinadores os lotes vencedores do último concurso, encerrando a edição 2021 do certame (confira os vencedores).
“O concurso divulga nossos cafés, aproxima produtores e compradores, estabelece padrões de qualidade e impulsiona ações estratégias do poder público”, disse o economista Paulo Sérgio Franzini, ligado à Câmara Setorial do Café, entidade que organiza anualmente o prêmio.
A última edição contou com o patrocínio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Bratac, Federação de Agricultura do Paraná (Faep), Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Grupo Dois Irmãos, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) e Sistema Ocepar.
O secretário Norberto Ortigara aproveitou o encontro para lançar oficialmente o concurso deste ano, a 20ª edição. Os vencedores serão conhecidos no mês de novembro.
HOMENAGEM – Autoridades, lideranças e cafeicultores presentes no encontro também prestaram uma homenagem aos extensionistas Cilesio Abel Demoner, de Cornélio Procópio, e Nelson Menoli Sobrinho, de Grandes Rios. Servidores do IDR-Paraná, os dois agrônomos se aposentaram recentemente, depois de devotar grande parte da vida profissional à cafeicultura.