Governo inaugura última escola paralisada pela Operação Quadro Negro, em Campo Largo

Colégio já está em funcionamento desde o início do ano, com 568 alunos na modalidade cívico-militar e, a partir do ano que vem, também vai atender o ensino profissionalizante. Ele faz parte das 14 escolas estaduais com paralisadas por denúncia de desvio de dinheiro e que foram concluídas no governo Ratinho Junior.
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02/08/2023 - 18:50
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Quatro anos após retomar as obras de 14 escolas estaduais com obras paralisadas pela Operação Quadro Negro, que investigou denúncias de corrupção na construção das unidades no Paraná, o Governo do Estado entregou nesta quarta-feira (2) a última delas: o Colégio Cívico-Militar 1º Centenário, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. A escola foi inaugurada pelo governador em exercício Darci Piana e recebeu investimento de R$ 7,9 milhões do Governo do Estado.

Concluído no dia 13 de junho, o colégio já está em funcionamento desde o início do ano, recebendo 568 alunos na modalidade cívico-militar e, a partir do ano que vem, também vai atender o ensino profissionalizante. O Paraná tem hoje 206 colégios cívico-militares, sendo 12 federais e 194 estaduais. No mês passado, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou que as unidades federais passarão para a gestão estadual, depois que o governo federal suspendeu o modelo em todo o País.

“Depois de anos de espera, felizmente estamos inaugurando essa unidade, que se transformou em um colégio cívico-militar. Campo Largo merecia uma escola desse porte, com essa qualidade e que vai formar cidadãos honrados, respeitosos e futuros profissionais que tiveram uma boa base educacional”, afirmou o governador em exercício. 

O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, destacou que a entrega da última obra paralisada pela investigação representa um marco para o Estado. “Essa gestão assumiu com 14 obras paralisadas pela Quadro Negro, e esta é a última finalizada. A escola recebeu um grande investimento para a instalação dessa estrutura gigantesca, que simboliza o respeito do Governo do Estado com a educação e a sociedade paranaense”, afirmou. 

“É um sonho do campolarguense, há muito tempo estávamos esperando essa obra ficar pronta”, disse o prefeito Maurício Rivabem.

Ele lembrou que os estudantes de Campo Largo estão ansiosos pelo ensino profissionalizante. “Uma escola com essa qualidade permitiu trazer para cá um colégio cívico-militar e, a partir do ano que vem, também tecnológico, que vai preparar nossos alunos para o futuro. Era uma estrutura que só tinha em Curitiba e agora está presente em Campo Largo”, destacou o prefeito. “Vai ser referência para a cidade pelo tamanho, pelo formato, sendo construído exatamente para isso”.

ESTRUTURA Com 5.580 metros quadrados de área construída, o colégio conta com quatro blocos, distribuídos em um terreno de 12.007 metros quadrados. O bloco 1, com dois pavimentos, abriga a área administrativa, um auditório com 200 lugares, biblioteca, pátio coberto, laboratórios de línguas, matemática, química, biologia e física, depósitos, almoxarifados e 12 salas de aula.

O bloco 2 conta com refeitório, pátio coberto, cozinha e áreas de apoio. O bloco 3 contempla ginásio poliesportivo, vestiário, sala de uso múltiplo, depósito e coordenação de educação física. Já o bloco 4 reúne laboratórios para cursos técnicos de enfermagem/cuidador de idoso, segurança do trabalho, mecânica automotiva e de edificações, além de depósitos.

A diretora Roselaine Cristine Lachovisti explicou que o 1º Centenário funcionava em outra estrutura, bem menor que a atual. “Iniciamos o ano letivo já neste prédio, o que foi uma grande alegria para toda a comunidade escolar, porque é uma estrutura bem maior e mais completa”, contou. “Tínhamos oito salas e agora temos 12, mais cinco laboratórios, ginásio de esporte e mais os laboratórios técnicos. Partimos de 450 estudantes para 568 atualmente e a perspectiva é aumentar, além de oferecer os cursos técnicos”.

QUADRO NEGRO – Em 2020, o governador Ratinho Junior determinou a retomada das obras nas 14 escolas paralisadas pela Operação Quadro Negro, que apontou desvio de recursos na construção de colégios estaduais em 2015. No total, o investimento nessas unidades ultrapassou R$ 40 milhões, entre novas construções e reformas das estruturas já existentes. Com o Colégio Cívico-Militar 1º Centenário, retomado em 2020, todas as unidades já foram entregues e estão atendendo os alunos da rede estadual.

Governo inaugura, em Campo Largo, última escola paralisada pela Quadro Negro
Escola recebeu investimento de R$ 7,9 milhões do Governo do Estado. Foto: Gabriel Rosa/AEN


PRESENÇAS – Participaram da inauguração o chefe da Casa Civil João Carlos Ortega;  o secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel; o diretor-presidente da Fundepar, Marcelo Pimentel; a coordenadora do programa de colégios cívico-militares no Paraná, Soraia Azevedo; o coordenador militar do programa, coronel Samuel Prestes; a chefe do Núcleo Regional de Educação da Área Metropolitana Sul, Eliandra Francielli Bini Jaskiw; a secretária municipal de Educação de Campo Largo, Dorotéa Merchiori Stoco; o deputado estadual Alexandre Curi; e outras autoridades.

Confira a relação das escolas da operação que tiveram as obras retomadas a partir de 2019:

CE Distrito de Joá – Joaquim Távora – R$ 22 mil

CE Amâncio Moro – Curitiba – R$ 360 mil

EE Doracy Cezarino – Curitiba – R$ 110 mil

CE Arcângelo Nandi – Santa Terezinha do Itaipu – R$ 3,5 milhões

CEEP Lysimaco Ferreira da Costa – Rio Negro – R$ 4,3 milhões

CE Pedro Carli – Guarapuava – R$ 3,5 milhões (nova unidade)

CE Professora Leni Marlene Jacob – Guarapuava – R$ 3,3 milhões (unidade nova)

CE Prof Linda Bacila – Ponta Grossa – R$ 1,7 milhão

CE Bandeirantes – Campina Grande do Sul – R$ 4,2 milhões (unidade nova)

Colégio Cívico Militar 1º Centenário – Campo Largo – R$ 7,9 milhões (unidade nova)

CE William Madi – Cornélio Procópio – R$ 3,8 milhões (unidade nova)

CE Francisco Pires Machado – Ponta Grossa – R$ 1,8 milhão (unidade nova)

CE Tancredo Neves – Coronel Vivida – R$ 3,8 milhões (unidade nova)

CE Ribeirão Grande – Campina Grande do Sul – R$ 5 milhões – (unidade nova)

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