O governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu nesta quarta-feira (25) com presidentes de cooperativas e de uma agroindústria para discutir projetos de infraestrutura, o cenário da economia e os investimentos planejados pelo agronegócio para os próximos anos, na cadeia de grãos e de carne. Os encontros contaram com a participação do vice-governador Darci Piana e dos secretários Norberto Ortigara, da Agricultura e Abastecimento, e Sandro Alex, de Infraestrutura e Logística.
“O agronegócio é muito forte no Paraná e, apesar da pandemia, tem registrado números ainda mais expressivos de exportação e de geração de empregos. Esses encontros ajudam a entender a demanda dos cooperados e dos industriais e também possibilitam que o Governo do Estado e a iniciativa privada acertem nos investimentos para favorecer o desenvolvimento de cidades de pequeno porte e melhorar a logística de escoamento dos produtos”, disse o governador.
O Paraná é o principal produtor do País em algumas culturas do campo (cevada, trigo e feijão) e de segmentos importantes da carne, como avicultura e piscicultura (tilápias), além de segundo maior responsável por soja, milho, suínos e leite. Também é sede das maiores cooperativas da América Latina e de um ecossistema integrado de crédito, apoio técnico, oferta de trabalho e logística de exportação que favorece o crescimento anual de geração de bens a partir dessas conexões.
Essa percepção do investidor, afirmou o governador, leva em consideração esse contexto e os novos investimentos públicos em infraestrutura, facilitando acessos e encurtando distâncias, uma política fiscal que incentive a geração de empregos e o desenvolvimento social, e o crescimento observado no Porto de Paranaguá nos últimos dois anos – nesta terça-feira (24), a empresa pública Portos do Paraná foi eleita a mais eficiente do País no setor, segundo o Ministério da Infraestrutura.
Segundo Norberto Ortigara, os encontros tiveram como saldo "uma boa colheita". Ele destacou o ânimo dos empresários do campo com o câmbio favorável, a modernização dos sistemas produtivos e a urgência em acelerar os investimentos para atender mercados cada vez mais exigentes, dentro e fora do País.
Outro fator, segundo ele, é a conquista do selo de sanidade de área livre de febre aftosa sem vacinação, outorga que será internacional a partir de 2021, facilitando a abertura de novos mercados consumidores.
“O Paraná tem disposição para reunir as maiores cooperativas, acredita na possibilidade de estar cada vez mais presente nos mercados, em prosperar, competir de igual para igual, inibir a importação e agredir na exportação”, disse. “É uma boa safra de investimento chegando no Paraná, para construção ou ampliação, especialmente em proteínas animais. Agora vamos trabalhar para concretizar os investimentos utilizando esse sistema de crédito e incentivos fiscais”.
IDH E PROJETOS – Na rodada com os empresários, o governador Ratinho Junior também afirmou que a prioridade do Estado é a atração de novos negócios nos 60 municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A esse estímulo se somam aportes em energia e em infraestrutura para facilitar a rotina dos parques industriais, e a possibilidade de usar crédito de exportação para investimentos.
O governador também pediu auxílio do setor produtivo para a contratação de projetos executivos para obras que são necessárias para a viabilização desses empreendimentos, com apoio técnico do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), o que imprime velocidade às modernizações e desafoga o trabalho dos técnicos do órgão. Ele citou o projeto da revitalização da PR-160 entre Imbaú e Reserva, nos Campos Gerais, que a Klabin doou para o Estado no ano passado. A obra já entrou em licitação.
O governador citou, ainda, investimentos planejados no Porto de Paranaguá, que serão como “um novo porto dentro do atual”. Os dois principais são o novo sistema de carga e descarga, com aporte projetado de R$ 400 milhões, e o novo Corredor de Exportação do terminal, com expectativa de emprego de R$ 800 milhões para aumentar a movimentação de grãos. Esses investimentos vão aumentar em 65% a capacidade de carga no terminal, favorecendo, ainda mais, o alcance de novos recordes de transporte de cargas – 2019 já foi o melhor ano da história e 2020 ultrapassará a marca.
PRESENÇAS – Participaram das agendas o diretor de Desenvolvimento Econômico, Mercado e Relações Internacionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco; o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Fernando Furiatti; o diretor de Operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Wilson Bley Lipski; e diretores das cooperativas e agroindústrias envolvidas diretamente nos projetos.