Governo e Fundação Pró-Renal garantem 300 exames renais à população negra

A iniciativa prevê exames de creatinina e microalbuminúria. Ambos os exames podem ser feitos no mesmo dia, sendo coletados sangue e urina no local do atendimento, sem a necessidade de jejum prévio. Com este rastreamento da doença renal, quem for identificado com alteração será convidado a participar de um estudo denominado Amplitude.
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13/05/2024 - 14:40

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O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), vai promover no próximo dia 20 um Dia D de combate aos problemas renais. O evento, que será realizado em parceria com a Fundação Pró-Renal, é voltado às comunidades de matrizes africanas, conselhos e demais órgãos representativos, e será realizado das 10h30 às 12h30 na sede da Fundação, na Avenida Vicente Machado, 2.190, no Batel, em Curitiba.

A iniciativa prevê exames de creatinina e microalbuminúria, que já estão disponíveis. Ambos os exames podem ser feitos no mesmo dia, sendo coletados sangue e urina no local do atendimento, sem a necessidade de jejum prévio. Os resultados serão liberados em até cinco dias, podendo ser retirados diretamente na Fundação Pró-Renal, enviados por e-mail ou via WhatsApp, se autorizados por escrito.

A capacidade de atendimento será de 15 pacientes e os interessados precisam ter mais de 18 anos. A partir dessa data serão no máximo outros 15 agendamentos por dia até fechar os 300 exames da pactuação. O telefone para agendamento é o (41) 3312-5455.

Com este rastreamento da doença renal, quem for identificado com alteração será convidado a participar de um estudo denominado Amplitude – Estudo da Prevalência de Alelos da Apolipoproteína L1 (APOL-1). Essas mutações da APOL-1 ocorrem principalmente em pacientes negros e descendentes diretos.

De acordo com o médico nefrologista e fundador da Pró-Renal, Miguel Carlos Riella, pacientes afrodescendentes têm maior prevalência de hipertensão arterial e doença renal crônica (DRC). “Este fato está relacionado à presença de variantes do gene APOL-1, identificadas no processo evolutivo”, disse. “Dessa forma, pacientes neste grupo de risco devem ser geneticamente investigados para avaliar a presença de alelos de risco do gene em questão, sobretudo porque já existem medicamentos em investigação em estudos clínicos que podem controlar a evolução da doença”.

A secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, lembrou que o protocolo de intenção entre Semipi e Fundação Pró-Renal foi assinado no dia da solenidade em alusão ao Dia Estadual de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, no dia 21 de março, no Museu Oscar Niemeyer (MON).

"A participação de todos é essencial para o sucesso desta iniciativa. Esperamos contar com a presença da comunidade neste Dia D para, juntos, ajudarmos a combatermos os problemas renais e promovermos a saúde no nosso Estado do Paraná", reforçou.

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