O Governo do Estado divulgou nesta sexta-feira (27) chamada pública para uma pesquisa em rede com o objetivo de desenhar o perfil dos estudantes das sete universidades estaduais do Paraná. Com aporte de R$ 1,2 milhão, o intuito é propor políticas públicas para aumentar de forma estratégica a permanência e prevenir a evasão no ensino superior, com base em indicadores socioeconômicos, educacionais e demográficos.
A expectativa é que as atividades do estudo comecem em março de 2024, com duração de dois anos.
As instituições de ensino superior irão apresentar até 1º de dezembro propostas para o desenvolvimento do projeto de pesquisa, especificando detalhes da metodologia que será aplicada, como a dimensão da amostragem, as sugestões de questionários, os procedimentos para coleta e análise de dados, entre outros aspectos. Nessas propostas também serão detalhados os planos para aplicação dos recursos financeiros.
A iniciativa conta com recursos não reembolsáveis do Fundo Paraná, dotação orçamentária gerenciada pela secretaria estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para o fomento científico e tecnológico. O montante será distribuído entre as instituições estaduais de ensino superior para o custeio de 35 bolsas, no total, e investimento em equipamentos e mobiliários necessários para a aplicação da pesquisa. Os termos serão firmados entre a Seti e as universidades em fevereiro do próximo ano.
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As bolsas serão destinadas para sete professores efetivos das universidades, responsáveis pela coordenação do projeto, 21 estudantes de graduação (três por instituição) e sete profissionais da mesma área de formação dos coordenadores. De acordo com o edital, os valores mensais das bolsas são R$ 1.200, R$ 931 e R$ 2.500, respectivamente, durante os dois anos de duração do projeto.
O coordenador de Ensino Superior da Seti, Fabiano Gonçalves Costa, destaca o compromisso com políticas públicas voltadas para a permanência estudantil.
“Estamos comprometidos em estimular políticas de acesso e permanência nas universidades para ampliar a igualdade de oportunidades e agir preventivamente para combater o fenômeno da evasão, que ocorre no ensino superior brasileiro”, afirmou, ressaltando a importância de entender os dados de maneira científica para propor políticas públicas assertivas na educação superior paranaense.
METODOLOGIA – Nas propostas de pesquisa elaboradas pelas universidades para essa chamada pública os projetos devem considerar diferentes parâmetros estatísticos: análise de dados por meio de pesquisa descritiva e exploratória; análises qualitativas; números relativos à desistência; informações sobre ingressantes e egressos do ensino superior; e testes de diferenças de média e de variabilidade de dados. A ideia é identificar padrões e tendências educacionais entre os estudantes, assim como os fatores de influência.