A preservação das florestas e da vida humana a partir dos cuidados sanitários com a fauna e a flora foi o tema do Dia Nacional da Mata Atlântica comemorado nesta sexta-feira (27), em Curitiba, durante evento promovido pelo Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná (Sindivet) e pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS). O ato aconteceu no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
“Temos de trabalhar para superar alguns traumas que nós mesmos criamos, com alguns erros de aplicação de políticas na busca de resultados mais expressivos para os nossos agricultores, e isso faz parte de um contexto de evolução”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
Segundo ele, a exigência por uma agricultura cada vez mais sustentável não é apenas para satisfazer exigências internacionais. “Faz bem para o nosso negócio esse conceito de mostrar uma cara limpa”, afirmou.
Ele acentuou a necessidade de se aproveitar o avanço da ciência, com o uso de bioinsumos, para a produção de alimentos. “É muito melhor ter uma natureza mais harmônica porque provavelmente os problemas sanitários exigiriam menos esforço da química, por exemplo”, disse. “Produzir mais e melhor com menos recursos é o desafio permanente, é o desafio para sermos sustentáveis”.
O presidente do Sindivet, Cezar Amin Pasqualim, reforçou o conceito de saúde única, com a congregação de saúde animal, vegetal, humana e ambiental. “Mas é muito mais que isso, é toda a sociedade que é responsável por esse efeito positivo de preservação com sustentabilidade da produção e que a gente sempre imagine gerações futuras”, afirmou. “Todos nós temos amor pelos nossos netos, filhos e é justamente para eles e para as futuras gerações que estamos trabalhando preventivamente dentro do conceito de sustentabilidade”.
PARANÁ MAIS VERDE – Além da proteção ambiental na agricultura, o Paraná é destaque na preservação da Mata Atlântica. Por meio do Paraná Mais Verde, os 19 viveiros do Estado são capazes de produzir cerca de 3 milhões de mudas ao ano de espécies nativas, inclusive listadas como ameaçadas de extinção, como araucária, imbuia e peroba-rosa. As mudas são plantadas em áreas que precisam ser recuperadas ou melhor arborizadas, bem como para incentivar a população a plantar árvores, seja em área urbana ou rural, para colaborar no equilíbrio do clima.