Governo do Estado investe em projetos voltados para a segurança alimentar

Ações voltadas ao abastecimento da população vulnerável visam criar uma rede de proteção alimentar no Estado. Programas garantem a compra de produtos da agricultura familiar, distribuição de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade, oferta refeições diárias para milhares de paranaenses e a geração de renda e trabalho.
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29/05/2021 - 15:00

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Para garantir alimentos com alto valor nutricional na mesa dos paranaenses, o Governo do Estado desenvolve ações em diversas frentes. O investimento do Paraná viabiliza a compra de produtos da agricultura familiar, distribui alimentos não comercializados nas Centrais de Abastecimento para famílias em situação de vulnerabilidade, contribui para ofertar refeições diárias para mais de 27 mil paranaenses e, ainda, promove a geração de renda e trabalho por meio de hortas comunitárias urbanas.

“O solo do Paraná é uma das mais importantes fontes de alimento para o mundo. Não podemos admitir gente passando fome”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior. 

O objetivo é garantir o direito da população ao acesso a alimentos de qualidade, com base em práticas alimentares saudáveis. “Essas medidas estão atreladas a uma visão social para assistir as pessoas mais humildes e que mais precisam do apoio do poder público. Isso vem através da segurança alimentar, com o restaurante popular, e com a garantia da compra de alimentos dos nossos produtores, por exemplo”, acrescenta.

O Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), realiza ações voltadas ao abastecimento da população vulnerável, visando criar uma rede de proteção alimentar. A estrutura dessa rede de proteção social tem como objetivo reduzir a insegurança alimentar e nutricional (INSAN) da população paranaense, promover o acesso à alimentação adequada e saudável, reduzir o desperdício de alimentos, gerar renda, fomentar a agricultura familiar e os circuitos curtos de comercialização, com consequente interferência no desenvolvimento local, regional e estadual.

PROGRAMAS – A política de segurança alimentar do Estado é composta por programas como o Compra Direta Paraná, que beneficia agricultores familiares e a população vulnerável; Banco de Alimentos Comida Boa, iniciativa de abastecimento e segurança alimentar, que funciona através da coleta dos produtos não comercializados pelos atacadistas e produtores rurais nas Unidades da Ceasa/PR; e a implantação e modernização de Equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional, como os Restaurantes Populares e as Hortas Comunitárias Urbanas.

O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, reforça o aspecto social e de solidariedade dos projetos desenvolvidos pelo Paraná. “Na nossa sociedade, tão desigual, é de chorar que a gente perca alimentos e não socorra quem precisa. As ações realizadas são fruto de uma visão estratégica, e nos permite atender as famílias que mais necessitam”, explica.

COMPRA DIRETA – A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento implantou o Compra Direta Paraná como forma de amenizar os impactos causados pela pandemia da Covid-19. Por meio de Chamada Pública, em 2020, foram selecionadas e contratadas 147 cooperativas e associações da agricultura familiar, beneficiando 12,5 mil agricultores familiares. Eles forneceram gêneros alimentícios a mais de 900 entidades, com estimativa de terem sido atendidas 530 mil pessoas.

Nesta sexta-feira (29), o Desan publicou a relação de pequenas cooperativas e associações da agricultura familiar habilitadas no edital de chamada pública da edição de 2021. Serão investidos R$ 27 milhões para a compra de alimentos produzidos ou processados por agricultores familiares. A entrega será feita diretamente a entidades socioassistenciais, rede pública de saúde ou alvos de ação alimentar do Estado, que, por sua vez, destinam a pessoas em situação de vulnerabilidade.

BANCO DE ALIMENTOS – Com o objetivo de aumentar a segurança alimentar, o projeto doa mensalmente cerca de 640 toneladas de alimentos processados e congelados para 348 entidades sociais, chegando a mais de 130 mil pessoas. “Esse é um projeto do qual a gente tem muito orgulho porque, além da preocupação social, ele também evita o desperdício de alimentos”, ressalta o governador Ratinho Junior.

Apesar de estarem em bom estado para consumo, os alimentos doados por permissionários atacadistas e produtores da Ceasa não têm padrão de comercialização e, por isso, eram descartados. Com o projeto, esses produtos hortifrutigranjeiros passaram a ser selecionados, processados e congelados, para depois serem enviados a famílias necessitadas.

Participam do projeto as cinco unidades da Ceasa no Estado: Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina.

RESTAURANTES POPULARES – O Programa Paranaense de Apoio aos Restaurantes Populares, implantado em 2017 pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, subsidia a construção, modernização e reformas de restaurantes populares e de uma cozinha social, que ajudam a garantir refeições saudáveis e a preços acessíveis para a população que se alimenta fora de casa.

Os empreendimentos beneficiam de forma direta pelo menos 27,4 mil pessoas diariamente. O programa é voltado a municípios com mais de 80 mil habitantes. As unidades estão localizadas nas cidades de Cascavel, Curitiba, Paranavaí, Umuarama, Toledo, Maringá e Londrina.

Segundo o secretário Norberto Ortigara, os restaurantes populares são ferramenta importante para integrar os outros programas públicos de segurança alimentar e nutricional. “São equipamentos públicos destinados a acolher, a receber pessoas vulneráveis, que agora estão em uma situação ainda mais delicada por causa da perda de renda e oportunidades e necessitam receber comida de qualidade”, afirma.

O Estado também viabiliza Cozinhas e Panificadoras Comunitárias que além de produzir alimentos para a população mantém a Cozinha-Escola utilizada para realização de cursos de profissionalização e capacitação da comunidade, visando estimular boas práticas de produção e fabricação, aprimoramento de habilidades, geração de renda, entre outros.

HORTAS  – Além de garantir sustentabilidade ambiental por meio de práticas ambientais responsáveis, as Hortas Comunitárias Urbanas viabilizam o acesso a alimentos saudáveis e diversificados, e ao desenvolvimento de estratégias de geração de renda para a população atendida. Essas estruturas também promovem integração, inclusão social e melhoria da qualidade de vida dos beneficiários.

O Governo do Estado repassa recursos para os municípios e ajuda a administração municipal a adquirir ferramentas e insumos para serem utilizados em hortas comunitárias em operação. “Esse é um projeto importante de ocupação e de uso de espaço público, de terrenos baldios, que se transformam em fonte de produção de alimentos saudáveis, em hortas comunitárias”, completa Ortigara.

Mais que produzir alimentos, ele destaca que a criação de uma horta dentro da área urbana ajuda a formar a consciência sobre a segurança e educação alimentar.

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