Com apoio do Governo do Estado, o Empreende Week 2023, principal evento de ciência, tecnologia, inovação, empreendedorismo e negócios do Centro-Oeste do Paraná, reúne estudantes e lideranças empresariais de diferentes segmentos para discutir parcerias, conexões e soluções para um futuro inovador, inclusivo e sustentável. As atividades começaram na terça (03) e seguem até esta sexta-feira (06).
Nesta quinta (05), representantes do governo estadual divulgaram as políticas públicas de incentivo à produção científica e tecnológica para startups e ambientes de inovação. O evento é promovido pelo Sistema Regional de Inovação de Campo Mourão, movimento que estimula ações de fomento em 25 municípios paranaenses.
Entre as ações desenvolvidas pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), apresentadas em palestra, estão a Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni) e o Sistema Estadual de Parques Tecnológicos do Paraná (Separtec), responsável pelo credenciamento e suporte aos ambientes promotores de inovação do Estado.
O programa Ageuni apoia projetos locais em diferentes regiões do Paraná, em parceria com as sete universidades estaduais, municípios, organizações de representação de classe e instituições de pesquisa científica. A finalidade é assegurar um desenvolvimento produtivo e socioeconômico.
O diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina, ressaltou o compromisso em utilizar o conhecimento produzido nas universidades para atender as demandas do mercado e favorecer melhorias para a sociedade. “O Paraná é reconhecido como um estado inovador e comprometido com várias ações para aproximar as demandas do setor produtivo empresarial da pesquisa aplicada, desenvolvida nas universidades. Essa interação entre pesquisa e mercado contribui para o surgimento de soluções inovadoras e melhorias em benefício da sociedade”, afirmou.
O coordenador do Separtec, José Maurino Oliveira Martins, destacou a importância do apoio governamental para as iniciativas de inovação. “Os ambientes promotores de inovação encontram no governo as políticas que permitem que a sociedade busque métodos para implementar novos produtos, serviços e processos. As universidades e o governo atuam como um alicerce, por meio da pesquisa e dos recursos de fomento”, explicou.
O diretor de Ciência, Tecnologia, e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, apresentou o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Startup Life. "A iniciativa estimula produtos, serviços e processos inovadores, por meio de recursos financeiros e capacitação, favorecendo a inserção de novas tecnologias no mercado, nos variados setores econômicos, como o agronegócio, a construção civil, o meio ambiente e a educação", disse.
PROPREDADE INTELECTUAL – No estande do Governo do Estado, os participantes do evento podem conhecer projetos apoiados pelo Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), que tem como objetivo transformar os resultados das pesquisas acadêmicas em negócios, produtos e serviços para a população.
Desenvolvido na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), um dos projetos consiste em um isolante térmico produzido com base no bagaço de mandioca, resíduo geralmente descartado pela indústria e que pode substituir o material utilizado na construção civil.
Ao mesmo tempo em que apresenta resultados semelhantes às opções tradicionais de mercado, essa invenção se destaca por não utilizar materiais de origem mineral, evitando a poluição de águas e solos e o desmatamento no entorno de rios, entre outros impactos ambientais.