O Governo do Estado reuniu nesta quinta-feira (3) os gestores responsáveis pelas ações de internacionalização das sete universidades estaduais do Paraná com o objetivo de promover um alinhamento estratégico da área, com foco no desenvolvimento científico e tecnológico paranaense. A Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) apresentou as principais iniciativas do Estado, incluindo a cooperação com instituições de ensino superior de diferentes países.
A articulação institucional empreendida pelas universidades estaduais paranaenses no Exterior contemplam os cursos de graduação e de pós-graduação, com programas de intercâmbio e mobilidade de estudantes e professores. Essas ações incrementam as relações bilaterais no meio acadêmico e a divulgação da ciência e tecnologia do Brasil em todo o mundo, contribuindo para o desenvolvimento de pesquisas e publicações científicas conjuntas.
De acordo com a Seti, além de favorecer a modernização das universidades, a abertura para a cooperação internacional gera um impacto significativo no desenvolvimento sustentável local e regional. Nesse contexto, a Superintendência atua para criar políticas públicas com o objetivo de fortalecer e ampliar a internacionalização das atividades de ensino, pesquisa e inovação paranaense, inclusive na área de governança e responsabilidade socioambiental.
Segundo o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, a internacionalização é um fator estratégico para inserir os acadêmicos em ambientes de alta competitividade e cultura empreendedora.
“Nesse cenário de globalização é essencial estabelecer relações internacionais para que os alunos estejam alinhados às tendências de mercado, numa perspectiva de mão de obra qualificada para atender demandas socioeconômicas atuais, inclusive em relação aos padrões de sustentabilidade do novo ciclo de desenvolvimento”, afirmou.
O Governo do Paraná está comprometido com a adoção de uma Política de Internacionalização das universidades estaduais. Sancionada no primeiro semestre deste ano, a Lei 21.118/2022 alterou dispositivos na legislação sobre as carreiras de professores e profissionais da carreira técnica-administrativa das instituições estaduais de ensino superior. Incluiu, ainda, as atividades profissionais especializadas de agente em assuntos internacionais e de tradutor de idiomas para cada universidade.
No próximo mês ocorrerá um evento aberto para a comunidade, com uma série de atividades em torno do tema da internacionalização. O objetivo é promover e estimular um diálogo sobre as oportunidades de intercâmbio de estudos no Exterior e esclarecer dúvidas para quem busca essa experiência acadêmica e, também, para quem tem vontade aprender uma nova língua ou conhecer outras culturas.
DESAFIOS – A assessora de Relações Internacionais da Seti, Marila Annibelli Vellozo, destaca que a agenda de cooperação internacional, em matéria de produção e transferência de conhecimento, deve ser tratada de forma propositiva. “O principal desafio é alinhar e integrar as ações e os setores de internacionalização das universidades para uma atuação institucionalizada, considerando as especificidades locais de cada instituição”, sinalizou.
Ainda neste ano, será lançada pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná uma chamada pública para custear a participação de estudantes, professores e pesquisadores em eventos internacionais e visitas técnicas ao Exterior, entre outras ações acadêmicas. A expectativa é destinar o montante de R$ 1 milhão para esse edital, distribuindo os recursos entre as sete universidades estaduais.
Para a assessora de Relações Internacionais da Universidade Estadual de Londrina (UEL), professora Viviane Aparecida Bagio Furtoso, a atuação em rede proporciona mais visibilidade para as ações de internacionalização. “Esse trabalho em rede de forma institucionalizada fortalece a parceria e o compartilhamento de boas práticas, no que se refere à gestão e implementação de políticas de internacionalização, criando uma sinergia para o desenvolvimento de projetos em conjunto”, destacou.
IDIOMAS – As sete universidades estaduais contam com o programa Paraná Fala Idiomas (PFI), como parte integrante da Política de Internacionalização coordenada pela Seti.
O PFI promove cursos de capacitação e qualificação nos idiomas inglês e francês, voltados exclusivamente para a comunidade acadêmica, favorecendo a participação de estudantes de graduação e pós-graduação, professores e pesquisadores em iniciativas de mobilidade internacional. No próximo ano será incluído o curso de língua espanhola.
Somente neste ano, foram oferecidas 232 turmas, reunindo um público em torno de 1.136 participantes. Em relação à mobilidade estudantil internacional, atualmente, 107 alunos das universidades estaduais estão em intercâmbio em dezenas de países.