O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta terça-feira (22), no Palácio Iguaçu, a ordem de serviço para as obras de ampliação da estrutura de atendimento do Hospital São Vicente, em Curitiba, que é filantrópico. Serão investidos R$ 2,3 milhões para a reforma e construção de um novo espaço em um imóvel localizado na Rua Brigadeiro Franco, cedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“É uma conquista imensa para a saúde pública de Curitiba e do Paraná. Esse investimento vai remodelar um prédio que não era ocupado e permitir atendimento moderno bem no coração da Capital”, disse o governador. “A Secretaria de Saúde já disponibilizou um pouco mais de R$ 600 mil correspondente à primeira parcela. Essa é uma estratégia para potencializar o atendimento nos hospitais filantrópicos que são parceiros do Paraná”.
O Centro de Especialidades do Hospital São Vicente vai concentrar os atendimentos e tratamentos ambulatoriais dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive os oncológicos e com doenças hepáticas e renais.
O novo espaço de três andares terá 15 consultórios, um centro de estudos com três salas de aula, área administrativa, sala de pequenos procedimentos, um auditório, sala de espera para 270 pessoas e um andar exclusivo para os pacientes usarem para tratamento contra o câncer - serão 22 poltronas de quimioterapia.
Os recursos serão usados para reforma de um espaço de 1,4 mil metros quadrados e construção de um anexo de 193 metros quadrados para elevadores e acesso com escadas, com área total de 1,6 mil metros quadrados. A ampliação permitirá um avanço de até 50% no atendimento em consultas e quimioterapias. A obra deve durar seis meses.
“Temos o compromisso de levar saúde mais próximo das pessoas. O São Vicente tem um trabalho de décadas de atendimento, pesquisa, estudo e algumas especialidades, como os transplantes. Esse novo investimento vai ampliar o escopo desse trabalho”, acrescentou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.
SÃO VICENTE – O Hospital São Vicente atende diversas especialidades cirúrgicas e clínicas, com ênfase em alta complexidade. Fundado em 1939, ele é administrado pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (Funef) desde 2002 e integra a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo Charles London, presidente da Funef, o objetivo da ampliação é reservar um espaço exclusivo e moderno para consultas e atendimentos do Sistema Único de Saúde. “Será um ponto de atendimento ao serviço público. Concentraremos nesse espaço os serviços externos do hospital, envolvendo consultas, terapias e em especial a quimioterapia, além do espaço de ensino. Tudo para que o atendimento seja feito de forma mais digna e confortável”, afirmou. “Também teremos aumento de 30% a 50% em alguns cuidados especializados”.
O Hospital São Vicente faz parte da rede dos hospitais que dão suporte a Curitiba e ao Paraná no atendimento referenciado das linhas prioritárias de oncologia e rede de atenção às urgências e emergências, bem como transplantes hepáticos, transplantes renais e cardiologia, cirurgia geral, urologia, cirurgia bariátrica, pronto atendimento, neurocirurgia e ortopedia.
O São Vicente também é habilitado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), prestando assistência especializada e integral ao doente de câncer, atuando no diagnóstico e tratamento com profissionais médicos especializados e equipe multidisciplinar. Em 2019 foram 10.022 internações, 9.712 cirurgias, 35.493 consultas de pronto atendimento geral, 7.006 consultas de pronto atendimento ortopédico, 38.277 consultas no centro médico, 46.161 consultas no centro de especialidades e 77.951 exames realizados nas suas unidades.
No Paraná, o hospital é referência no transplante de fígado e rim. A instituição atingiu recentemente a marca de 828 transplantes, sendo 504 hepáticos e 324 renais. No ano passado, foram realizados 142 transplantes na instituição, sendo 92 de fígado e 50 renais. “Somos os primeiros em transplantes hepáticos no Estado. Os resultados são bons porque fazemos muito. É um serviço que funciona 24 horas por dia, inclusive ficou disponível durante todo o período da pandemia provocada pelo novo coronavírus”, acrescentou Charles London.
O hospital conta atualmente com duas sedes: Centro e Cidade Industrial. A primeira ocupa uma área de 10 mil metros quadrados, com 120 leitos. O hospital possui serviço de diagnóstico, com hemodinâmica, biópsias guiadas, elastografia, mamografia, radiologia geral, ressonância, tomografia e ultrassonografia geral; pronto atendimento; centro médico; centro de especialidades para atendimento ambulatorial em especialidades assistidas pelo SUS; sete salas cirúrgicas; UTI com 29 leitos; laboratório, setor de quimioterapia, além dos setores de apoio como nutrição, rouparia e tecnologia de informação. Na unidade CIC são 25 leitos de média complexidade.
O centro médico atende angiologia, cirurgia vascular, cardiologia, cirurgia traumatologia bucomaxilofacial, cirurgia do aparelho digestivo, cirurgia geral, cirurgia plástica, cirurgia torácica, clínica geral, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, hematologia, hepatologia, infectologia, mastologia, neurocirurgia, neurologia, oncologia cirúrgica, oncologia clínica, ortopedia, otorrinolaringologia, pneumologia, transplante hepático e urologia.