O ano de 2020 foi marcado pela pandemia que chacoalhou o mundo, os medos e incertezas provocados pelo novo coronavírus, e por uma severa crise hídrica, mas esses grandes desafios também mostraram um Paraná equilibrado e irmanado aos anseios dos paranaenses.
O ano também ficará na história pelo impacto da Covid-19 na economia e como os paranaenses superaram as dificuldades, se reinventaram, e estão reerguendo as atividades nas quais estão vocacionados.
Na área da saúde, o Governo do Estado agiu pontualmente em medidas restritivas, implementou o maior programa de testagem do País, ativou 3 mil novos leitos, acelerou a construção de três hospitais regionais (Guarapuava, Telêmaco Borba e Ivaiporã) e comprou insumos e equipamentos para as equipes médicas em todos os 399 municípios. A política descentralizada de atendimento deu velocidade à resposta e salvou vidas.
O Paraná figura entre os estados com as menores incidências de casos e mortes por 100 mil habitantes, o que é reflexo do trabalho de prevenção, de orientação e de transparência. O esforço envolveu a contratação de 500 novos servidores e mais de mil bolsistas (parceria com as universidades estaduais), a compra de 11 milhões de EPIs, a implantação de um novo laboratório de testagem e da Telemedicina, dentro de uma rede de apoio que contou com a colaboração de outros Poderes, isso sem deixar de realizar investimentos.
Na seara econômica, onde o choque também foi imenso, a atuação do Governo do Estado foi igualmente intensa. A estratégia mirou do empreendedor de qualquer porte, com um pacote de estímulo a crédito e mudanças tributárias de mais de R$ 1 bilhão, ao paranaense mais simples, com um programa social robusto.
Pela Fomento Paraná foram 29.779 operações contratadas em 2020 e no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) houve aumento de 36% na liberação de crédito, ajudando a manter empregos na cidade e no campo. Também houve prorrogação de prazos para pagamento de impostos e possibilidade de novas negociações com o Fisco.
O pacote social contou com a manutenção da merenda escolar, o Cartão Comida Boa alcançando quase 800 mil pessoas com auxílio aos mais vulneráveis para a compra de alimentos, novos prazos de pagamento de contas (inclusive IPVA) e proibição de cortes de luz e água, e o Cartão Futuro Emergencial, garantindo emprego a jovens aprendizes.
Com o apoio do Estado e com a criatividade e superação dos empreendedores e trabalhadores, o ano termina com seis meses seguidos de crescimento na produção industrial e no comércio, recuperação do Produto Interno Bruto (PIB), saldo positivo de empregos (33 mil) e empresas (136 mil), exportações em alta, recorde de movimentação nos portos paranaenses, o maior ano da história do agronegócio e investimentos prospectados pela Invest Paraná na casa de R$ 20 bilhões (2019 e 2020).
“O ano foi desafiador em vários aspectos para o Paraná, mas, num saldo, conseguimos atender com muita velocidade e seriedade a crise do coronavírus, mantendo transparência e investimentos elevados, e, ao mesmo tempo, observamos um movimento de retomada da economia, ainda mais com a esperança da vacina”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “O paranaense é forte, determinado e mostrou ao longo do ano que a fórmula para vencer a crise é união”.
INFRAESTRUTURA E GESTÃO – Esses resultados foram alcançados porque o Governo do Estado manteve as reformas da máquina pública, os investimentos em infraestrutura e o norte de ser um hub logístico para a América do Sul, aliando esse projeto a cidades mais inclusivas, educação de qualidade e preservação do meio ambiente.
Dentro da própria estrutura, o Estado ampliou o teletrabalho, gerando economia de R$ 36 milhões; extinguiu o parque gráfico; reduziu a frota de carros oficiais com o Taxigov; cedeu a Granja Canguiri para o projeto Escola Agrícola 4.0; implementou o programa Descomplica Rural e a Lei da Liberdade Econômica; extinguiu cargos públicos; e modernizou a gestão de áreas de atendimento ao público, como o Detran, inclusive com menos taxas, e a Polícia Civil.
O Estado também executa o maior investimento de sua história em infraestrutura, com recursos que ultrapassam R$ 4 bilhões, entre aportes próprios, da Itaipu Binacional e dos acordos de leniência das empresas de pedágio. Esse planejamento tirou do papel demandas históricas como o novo Trevo Cataratas (Cascavel), o Trevo Gauchão (Umuarama), a Boiadeira (Noroeste), as revitalizações da PR-323 e da PRC-280, a Ponte da Integração, as modernizações de rodovias estaduais como a PR-364 e PR-445, da Orla de Matinhos, e um plano de integração rodoviária na região Central.
Esse movimento foi acompanhado da inclusão da Ferroeste no plano de privatização, dos estudos da ferrovia que ligará Paranaguá a Maracaju (MS), e da conquista pela Portos do Paraná do selo de melhor empresa portuária do País, com recorde de cargas, a concessão de um novo terminal e investimentos planejados de mais de R$ 600 milhões. O ano também marcou a preparação do novo Anel de Integração e da concessão de quatro aeroportos para a iniciativa privada.
As empresas públicas apostaram em infraestrutura. A Copel finalizou 2,5 mil quilômetros do Paraná Trifásico, lançou o maior programa de investimento tecnológico de redes do País e um edital inédito para ajudar pequenos produtores de energia, além das obras em geração e do desinvestimento no braço de telecomunicações. A Sanepar ampliou investimentos bilionários nos municípios visando a universalização do saneamento e a manutenção da qualidade e da quantidade de água, mesmo em um ano de pouca chuva.
OUTRAS ÁREAS – A educação teve a grata surpresa do resultado do Ideb, colocando o Paraná entre os melhores do País em todas as classificações. Para ampliar esse trabalho, mesmo com o distanciamento presencial, o Estado desenvolveu a melhor plataforma de educação online do Brasil, implementou as bases de 199 colégios cívico-militares, lançou o programa que levará 100 estudantes para a Nova Zelândia, ampliou o acesso a escolas em tempo integral e estudo de programação, e aplicou mais de R$ 200 milhões em novas unidades, equipamentos e reformas mais amplas.
O Estado conquistou o selo e Área Livre de Febre Aftosa para a sua cadeia de carnes, investiu na agricultura familiar, em estradas rurais, no apoio ao cooperativismo e na segurança alimentar, ao mesmo tempo em que deu início ao plantio de 10 milhões de árvores (entre elas as araucárias, marca registrada do Paraná), implementou o maior programa de parques urbanos do País, e auxiliou os municípios com equipamentos e veículos para a preservação do meio ambiente e destinação correta de resíduos sólidos.
Na habitação, o Governo entregou o primeiro condomínio do idoso, em Jaguariaíva, que serviu de exemplo para uma política nacional, e construiu 2,5 mil casas (1,3 mil a mais do que em 2019). A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) finalizou obras que estavam paradas desde a Copa de 2014, entregou mais de 700 abrigos, novos ônibus e um projeto pioneiro de parques lineares na RMC para aumentar a reserva hídrica da Capital e evitar que estiagens como a de 2020 impactem tanto a população.
Na segurança pública, o Estado conseguiu reduzir os números da violência urbana (furtos e roubos), reequipou as forças estaduais com veículos, armamentos e equipamentos e inaugurou novas delegacias e penitenciárias, se aproximando da meta de encaminhar todos os presos para cadeias com esse fim.
As forças de segurança mantiveram durante todo o ano o apoio ininterrupto à população com operações especiais, combate ao crime e à corrupção, alcançando marcas expressivas como 100% de resolução de desaparecimentos, 409 resgates aeromédicos e combate a incêndios florestais, inclusive no Pantanal.
O Governo do Estado ainda aplicou R$ 1,898 bilhão nos municípios, auxiliando com mais de 1,5 mil veículos e 1,6 mil quilômetros de asfalto novo, gerando qualidade de vida. Por meio da Celepar, também facilitou o acesso da população a serviços públicos, desenvolveu novos sistemas de integração de dados (Menor Preço, Ouvidoria, biometria em cartórios, e portais da Força-Tarefa Infância Segura e Lei Aldir Blanc, entre vários outros) e acelerou a transformação digital do Paraná.
A Cultura se reinventou com apresentações, visitas e festivais virtuais; a Inovação ampliou a rede de suporte e incentivo às startups; a Controladoria Geral do Estado (CGE) desenvolveu um projeto para fiscalizar ainda mais a gestão administrativa; e o Esporte, mesmo em um ano de atividades restritas, manteve o apoio aos atletas e talentos do Paraná.