O Governo do Estado, através da Superintendência de Inovação da Casa Civil, é um dos apoiadores brasileiros do Nasa International Space Apps Covid-19 Challenge, maior hackathon do mundo na busca por soluções contra a pandemia. O evento é 100% digital e acontece entre 30 e 31 de maio. As vagas estão abertas até esta quarta-feira (27) para todo o Brasil, são gratuitas e limitadas.
A competição internacional ocorrerá simultaneamente em 80 países. Considerado um dos maiores hackathons do mundo, o evento é promovido todos os anos pela incubadora da Agência Espacial Americana (Nasa). Nesta edição de 48 horas os participantes trabalharão em equipes para buscar alternativas para a sociedade enfrentar a doença e suas consequências.
“É mais um hackathon que conta com apoio integral do Governo do Estado e mais uma oportunidade para os paranaenses e brasileiros colaborarem com essa iniciativa. É um formato que permite agilidade, muito diálogo e fomenta a inovação”, afirma Henrique Domakoski, superintendente de Inovação da Casa Civil. “A pandemia é um problema global que precisa de respostas que possam ser compartilhadas”.
A competição examinará bases e fundamentos científicos e busca uma resposta humana e econômica ao vírus. “Há uma tremenda necessidade de engenhosidade coletiva”, acrescenta Thomas Zurbuchen, administrador associado da Diretoria de Missões Científicas da Nasa. “Não consigo imaginar um foco mais digno do que a Covid-19 para direcionar a energia e o entusiasmo de todo o mundo com o Space Apps Challenge”.
Como parte do hackathon, a Agência Espacial Americana (Nasa), a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) abriram seus dados, colhidos em missões e pesquisas, para apoiar os participantes nos projetos. Desde o início do surto global, os especialistas das três agências vêm explorando maneiras de usar os dados para ampliar a interação da comunidade global diante dos impactos da pandemia.
Para esta jornada, a Agência Espacial Americana lançou 12 desafios relacionados à Covid-19 (veja abaixo), que vão desde as causas até as novas mudanças comportamentais.
Acesse http://spaceappsbrazil.org/ para se inscrever.
HACKATHON – O interessado pode inscrever um time completo, com no mínimo quatro e no máximo seis pessoas, ou se inscrever sozinho. Neste caso, será direcionado a um time de acordo com um dos 12 desafios escolhidos. Haverá premiação para os primeiros colocados.
O Nasa International Space Apps Challenge edição Covid-19 terá pela primeira vez uma plataforma de suporte aos participantes brasileiros, com jornada em português. Proposta pela organização do Space Apps Brazil a partir da união de oito cidades sedes no País (incluindo Curitiba), a plataforma tem o intuito de unificar todo o processo do hackathon – da inscrição aos pitches finais – e facilitar o acesso a mentores locais de diversas áreas de conhecimento.
Durante o hackathon, as equipes irão acompanhar webinars e receber mentoria de especialistas. Os times precisam criar, desenvolver e entregar um protótipo da solução para um dos 12 problemas propostos. A iniciativa conta com a metodologia do Space Apps Brazil, em parceria com a Panic Lobster e o Founder Institute.
SPACE APPS – O Space Apps é um hackathon internacional que ocorre em cidades ao redor do mundo. Desde 2012 as equipes se envolvem com dados abertos da Nasa para resolver problemas reais na Terra e no espaço. O Covid-19 Challenge será o primeiro hackathon virtual global do programa. Em 2019 foram 29 mil participantes em 225 eventos espalhados em 71 países, com mais de 2 mil soluções apresentadas ao longo de um fim de semana.
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Conheça os desafios do hackathon
Planeta Tranquilo: o surto e as recomendações de distanciamento social levaram a numerosas mudanças de curto prazo na atividade econômica e social, as quais podem ter impactos no meio ambiente. O desafio é usar dados espaciais para documentar as mudanças ambientais.
Ilumine o Caminho: a pandemia iniciou mudanças nos movimentos e atividades da população. O desafio é usar as observações da Terra para explorar como a atividade humana e os padrões regionais de movimentação foram alterados.
Onde há um Link, há um Caminho: desde o início da pandemia, houve uma proliferação de sites e portais desenvolvidos para compartilhar recursos sobre o assunto. O desafio é encontrar maneiras inovadoras de apresentar e analisar informações integradas e em tempo real sobre os fatores ambientais que afetaram a disseminação.
Uma Nova Perspectiva: devido à pandemia, as áreas protegidas e outras formas de áreas silvestres foram fechadas em todo o mundo. O desafio é liderar o esforço para examinar possíveis impactos da redução do acesso nesses locais.
A Arte de Tudo: o que você aprendeu sobre você ou o mundo como resultado de viver durante a pandemia? O desafio é expressar essa experiência em uma obra de arte.
ODS e Covid-19: este desafio convida a analisar o impacto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU), observando as mudanças em andamento nos indicadores de monitoramento dos ODS.
Alimento para o Pensamento: o desafio é considerar a jornada dos alimentos até o prato, determinar como a pandemia afetou o suprimento de alimentos local e globalmente e propor soluções.
Purificar o Suprimento de Ar: o tempo em ambientes fechados aumentou durante a pandemia como resultado das políticas de isolamento. O desafio é usar a Estação Espacial Internacional (ISS) como inspiração e desenvolver um sistema para monitorar e/ou purificar o ar interno.
Fatores Humanos: o surgimento e a disseminação de doenças infecciosas estão aumentando. O desafio é identificar padrões entre a densidade populacional e os casos da Covid-19 e identificar fatores que podem ajudar a prever pontos críticos da propagação da doença.
A Solução do Isolamento: as políticas de distanciamento social adotadas em todo o mundo durante a pandemia deixaram muitas pessoas socialmente (fisicamente) isoladas. O desafio é desenvolver soluções inovadoras para combater o isolamento social.
Um Mundo Distante: o desafio é identificar problemas sociais pandêmicos que possam ter efeitos colaterais no espaço.
Uma Avaliação Integrada: o desafio é integrar vários recursos derivados da Observação da Terra com dados socioeconômicos disponíveis, a fim de descobrir ou aprimorar a compreensão dos impactos da Covid-19.