Servidora da Secretaria estadual da Saúde há mais de 32 anos, sendo 12 à frente do Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch foi responsável por revolucionar o trabalho de doações e transplantes de órgãos no Paraná, fazendo com o que o Estado se destacasse mundialmente.
A médica, que é especializada em pediatria e hebiatria, anunciou sua aposentadoria nesta segunda-feira (21) e foi homenageada pelo Governo do Estado. Arlene foi presenteada com uma placa, entregue pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, no Palácio Iguaçu.
“Graças ao trabalho desempenhado pela senhora e por sua equipe, o Paraná lidera há alguns anos os rankings nacionais de doações e transplantes de órgãos. Esta placa é um reconhecimento, em nome da equipe do Governo do Estado e de toda a população paranaense, por esses anos dedicados em salvar vidas”, afirmou o governador.
Durante sua coordenação, o Paraná se consolidou como referência nacional e internacional em doações e transplantes de órgãos e tecidos, ao implantar políticas públicas que elevaram a doação de uma média de 6,8 doadores por milhão de população (pmp), em 2010, para 41,6 pmp no ano passado.
Defensora do princípio “doação é um ato de amor”, Arlene colocou o Estado na liderança das doações de órgãos no Brasil desde 2017, com o dobro da média nacional e acima da média da Espanha, país que possui a maior média mundial em doações e transplantes.
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“Sem dúvidas o trabalho da doutora Arlene foi significativo para que pudéssemos salvar milhares de vidas em todo o Estado. Agradecemos por todo o serviço prestado em prol dos paranaenses. Mesmo em meio à pandemia, o Sistema Estadual mantém a excelência de atendimento em doações e transplantes de órgãos”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Com relação aos transplantes, o Paraná aumentou o número de procedimentos nos últimos 10 anos e zerou a fila de transplantes de córneas, por exemplo. Atualmente o Paraná se mantém na liderança de transplantes de rim e ocupa a segunda posição em transplantes de fígado.
“Após todos esses anos de trabalho, podemos garantir que hoje quem está na fila aguardando por órgão ou tecido para transplantes no Paraná tem a certeza que vai conseguir. Tenho muito orgulho da história que construí, de todo o time do Sistema Estadual de Transplantes e tenho também muito amor pelo serviço realizado durante todos estes anos”, afirmou Arlene.
“O sentimento é de missão cumprida e de expectativa de que o Paraná se mantenha sempre no topo dos rankings, salvando muitas vidas”, enfatizou.