O governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou luto oficial de três dias no Estado em razão da morte do ex-ministro e ex-deputado federal Euclides Scalco. Ele faleceu na madrugada desta terça-feira (16), aos 88 anos, após um acidente vascular cerebral (AVC). Também foi diagnosticado com Covid-19 nos últimos dias. O ex-ministro deixa a esposa, Terezinha Scalco, e seus dois filhos e duas filhas.
“Euclides Scalco foi uma das lideranças políticas mais importantes da história do Paraná. Teve papel decisivo na Assembleia Constituinte e por onde passou deixou um legado de atenção com as demandas da população”, afirmou o governador.
Gaúcho nascido em Nova Prata, Scalco se formou em Farmacêutica e Bioquímica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Com 27 anos, mudou-se com sua esposa para Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, onde deu início a sua vida política. Na década de 1960, foi eleito vereador e prefeito da cidade. Posteriormente, foi deputado federal durante três mandatos, tendo participado da Assembleia Nacional Constituinte responsável pela Constituição de 1988.
Scalco também foi uma peça importante na história de Foz do Iguaçu. Em 1995, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, assumiu a posição de diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional. Em sua gestão, auxiliou na renegociação da dívida contraída para a sua construção e na aquisição de duas unidades geradoras da usina, que modernizaram sua operação. Na cidade, ele também ajudou na fundação do setor de oncologia do Hospital Ministro Costa Cavalcanti.
Já em 1998, no segundo mandato presidencial de FHC, Scalco foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele também foi chefe da Casa Civil do Governo do Estado e recebeu o título de Cidadão Honorário do Paraná.
Sua biografia, escrita por seu sobrinho Marcos Antonio Bastiani, está no livro “Euclides Scalco. O homem, seu tempo e sua história”.